Relatório 12-V/2007, de 04 de Outubro de 2007

Relatório n. 12-V/2007

Relatório e contas de 2006 Relatório de gestáo

Evoluçáo económica do exercício e resultados

Os activos totais consolidados do Grupo Caixanova atingiram, em 31 de Dezembro de 2006, os 22 583 639 milhares de euros, com um aumento interanual de 4 716 720 milhares de euros, equivalentes a uma taxa de variaçáo anual de 26,4%.

O resultado antes de impostos gerado pelo Grupo no exercício de 2006, sustentado no sólido e contínuo crescimento da actividade financeira e na gestáo activa da carteira, elevou-se a 200 817 milhares de euros, com um aumento de 52 671 milhares de euros, o que representa 35,6% mais do que no ano anterior. O lucro atribuído ao Grupo, depois de impostos e minoritários, situou-se em 132 441 milhares de euros, com um aumento de 7,9% durante o ano.

O lucro atribuído ao Grupo ficou afectado pela diminuiçáo dos activos fiscais líquidos a recuperar em próximos exercícios, em consequência da reduçáo da taxa fiscal, aprovada em 2006, para aplicaçáo nos próximos anos. Se náo considerarmos tal efeito, o crescimento anual do lucro atribuído ao Grupo teria aumentado 21,5%.

Os recursos próprios computáveis do Grupo Caixanova de acordo com a legislaçáo e supervisáo com base consolidada de entidades financeiras ditada a partir da Lei n. 13/1992, de 1 de Junho, e adaptada à normativa vigente regulada pelo Banco de Espanha, uma vez aprovada a distribuiçáo do excedente do exercício, ascenderam a 2 426 987 milhares de euros, com um aumento no ano de 47,1%.

Os requisitos mínimos de recursos próprios, de acordo com a normativa vigente, elevaram-se a 1 518 882 milhares de euros, o que representa um superavit de 908 105 milhares de euros, equivalentes a 59,8% acima do valor exigível. O coeficiente de solvência, apesar de a intensa actividade de crédito ter gerado um maior nível de requisitos, elevou-se a 12,8% ultrapassando em 4,8 pontos o mínimo exigido.

O saldo total de credores captados e geridos pelo Grupo Caixanova, dentro e fora do balanço, ascendeu a 22 111 407 milhares de euros, com um aumento interanual de 23,0%. Os recursos de clientes no balanço, mantiveram um comportamento menos expansivo, registando uma taxa de variaçáo anual de 22,1%, equivalente em valores absolutos a 3 314 069 milhares de euros, o que situa o volume destes depósitos, em 31 de Dezembro de 2006, em 18 333 978 milhares de euros.

Os passivos financeiros da clientela no balanço, representados por valores negociáveis, que incluem a emissáo de bónus, promissórias e financiamento subordinado, registaram um aumento de 1 390 804 milhares de euros, equivalentes a uma taxa de variaçáo anual de 65,2%.

O património dos recursos intermediados fora do balanço e geridos pelo Grupo sob as modalidades de Fundos de Investimento, Planos de Pensóes e Depósitos de Valores de Clientes, atingiram os 3 777 498 milhares de euros, com uma variaçáo anual conjunta de 20,1%, sendo os Planos de Pensóes os de maior pujança no exercício, com um aumento de 26,3%.

O crédito à clientela registou um saldo líquido de 15 658 004 milhares de euros, com um aumento de 2 981 823 milhares de euros e uma taxa de 23,5% acima do ano anterior, situando o seu peso sobre o balanço em 69,3%, que ascende a 85,4% sobre o saldo dos credores no balanço. Os riscos qualificados como duvidosos elevaram-se a 70 101 milhares de euros, montante que se mantém em nível análogo ao da evoluçáo da carteira, o que se traduz num índice de morosidade de 0,45%.

O conjunto das carteiras de valores ascendeu a 3 926 519 milhares de euros, 31,8% superior a Dezembro do ano anterior, representando 17,4% do balanço do Grupo. Os instrumentos de capital cresceram 86,2% até se situarem em 1 796 477 milhares de euros, tendo em vista responder a um posicionamento estratégico a longo prazo. Pelo seu lado, a carteira de participaçóes, que integra o grupo de consolidaçáo, aumentou em 104,2%, no âmbito de uma estratégia para o desenvolvimento de novas oportunidades e ampliaçáo de mercado.

A margem de intermediaçáo situou-se em 354 655 milhares de euros, com uma variaçáo anual de 9218 milhares de euros. Com a contribuiçáo líquida das receitas por serviços e a notável incidência do resultado de intermediaçóes financeiras, a margem ordinária ascendeu a 598 937 milhares de euros, equivalentes a uma taxa anual de 21,0%, o que representa 3,0% sobre o balanço médio do Grupo.

Os custos de exploraçáo, em conjunto, cresceram 10,0% em relaçáo ao ano de 2005, mas o seu posicionamento sobre o activo total médio do Grupo desceu 0,2 pontos até se situar em 1,6%. A margem de exploraçáo resultante foi aumentada em 74 988 milhares de euros, equivalentes a uma melhoria de 36,3%.

O resultado antes de impostos registou um crescimento de 35,6%, sendo o atribuído ao Grupo, depois do efeito do imposto e descontado o correspondente aos minoritários, de 132 441 milhares de euros.

A gestáo do risco em Caixanova

O Grupo Caixanova considera a gestáo do risco como um elemento-chave de competitividade e eficiência dentro do Sistema Financeiro. Por este motivo continuou-se, durante o exercício de 2006, com os processos necessários para a adequaçáo à nova normativa que regula o nível de capital em entidades de crédito com actividade internacional.

A adaptaçáo ao Basileia II é uma questáo estratégica para todas as entidades financeiras. Para tal, a Caixanova, desde o primeiro momento, incorporou-se como entidade piloto, liderando o projecto Sectorial de Controlo Global de Riscos.

Por estes motivos, e com o envolvimento de todas as áreas da entidade, foram mantidas linhas de trabalho consequentes com as propostas apresentadas tendo por objectivo efectuar, tanto no âmbito operativo como no organizativo, as acçóes necessárias para se dispor de uma estrutura de gestáo de riscos mais adequada.

Tendo em vista efectuar um seguimento dos riscos derivados da actividade financeira, no Grupo Caixanova gerem-se, de forma delegada, os diferentes limites de riscos assumidos pela Entidade:

Risco de preço - nesta epígrafe incluem-se tanto o risco do mercado como o risco de taxa de juro. Dentro do risco de mercado gerem-se diferentes limites que determinam o risco de perdas nas posiçóes dentro e fora de balanço derivadas de movimentos nos preços de mercado. Para o risco de taxa de juro limitam-se as situaçóes de mercado em que uma variaçáo das taxas de juro possa afectar negativamente a situaçáo financeira da Caixa. Para tal, gere-se a variaçáo tanto do valor razoável como da margem financeira face a um variaçáo de 100 P.B. nas taxas de juro.

Risco de crédito - a gestáo do risco de crédito no Grupo Caixanova baseia-se num conjunto de procedimentos que combina a análise pessoal e individualizada para a qualificaçáo do risco com a atribuiçáo de limites à exposiçáo de tal risco. De igual modo, o sistema de gestáo orienta as políticas de preços em funçáo da qualificaçáo do risco. Por outro lado, o Grupo Caixanova está imerso num projecto de incorporaçáo de sistemas e modelos estatísticos que permitem normalizar, automatizar e simplificar a análise e concessáo das operaçóes, assim como o seguimento da sua evoluçáo no tempo.

Risco de liquidez - o Caixanova dispóe de um plano de contingências para fazer face a problemas de liquidez no âmbito de uma gestáo global deste risco em particular, assumindo como base diferentes cenários e prazos. Gere-se a capacidade da Caixa para gerar ou anular posiçóes numa determinada situaçáo de mercado. A posiçáo de liquidez é estabelecida com base em várias análises de cenários e de vencimentos. As análises de sensibilidade e de cenários têm em conta náo apenas situaçóes normais de mercado, mas também qualquer outra que se possa chegar a colocar.

Risco de fluxo de caixa - o Grupo Caixanova mede a sua capaci-dade para cumprir, na...

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