Acórdão nº 2222/2005-9 de Court of Appeal of Lisbon (Portugal), 10 de Março de 2005 (caso NULL)

Magistrado ResponsávelTRIGO MESQUITA
Data da Resolução10 de Março de 2005
EmissorCourt of Appeal of Lisbon (Portugal)

Acordam na 9.

a Secção Criminal de Lisboa: No processo de contra-ordenação n.° 1102/04.OTBALQ do 2.°Juízo Criminal do Tribunal Judicial da Comarca de Alenquer, a arguida "Companhia Agrícola de Penha Garcia, SA", inconformada com o despacho/sentença proferido em 16/12/2004, que confirmou a decisão da Direcção-Geral de Viação que determinou a apreensão do veículo da recorrente e respectivos documentos, em substituição da sanção acessória de inibição de conduzir, nos termos do arte 152.° n.° 4 do C. da Estrada, veio da mesma interpor recurso, com os fundamentos e conclusões constantes da respectiva motivação que aqui se dão por reproduzidas.

O Ministério Público respondeu.

Neste Tribunal o Exm.° Procurador-Geral Adjunto teve vista dos autos.

Il.

Efectuado o exame preliminar foi considerado haver razões para a rejeição do recurso por manifesta improcedência (art.°s 412º, 414.° e e 420º, n.° 1 do Código de Processo Penal) sendo por isso determinada a remessa dos autos aos vistos para subsequente julgamento na conferência (art. 419.°, n,° 4, al. a) do Código de Processo Penal).

***A lei adjectiva instituiu a possibilidade de rejeição dos recursos em duas vertentes diversas: rejeição formal que se prende com a insatisfação dos requisitos prescritos no art. 412.° n.° 2 e a rejeição substantiva que ocorre quando é manifesta a improcedência do recurso A manifesta improcedência verifica-se quando, atendendo à factualidade apurada, à letra da lei e à j isprudência dos tribunais superiores é patente a sem razão do recorrente. É o caso dos autos.

***Nas suas conclusões, o recorrente entende que a decisão de aplicar ou não aplicar a sanção de inibição de conduzir não pode ser tomada se que se saiba sequer se no caso ocorrem fatos que permitam a sua aplicação.

Porém, a questão consubstanciada nos autos é de natureza diversa (anterior) e foi já tratada por este tribunal ad quem, nomeadamente pelo Recurso n.° 1784/2005 da 3.° secção, por acórdão de 23.02.2005, em que foi relator o ilustre desembargador Dr. Clemente Lima, com o qual este colectivo se encontra unanimemente identificado e aqui parcialmente vai transcrever.

Efectivamente, está em causa a prática de uma contra-ordenação por velocidade excessiva, prevista no art.

27.° n.° 1 e 3 do CE, por condutor que o proprietário do veículo não identificou, vindo a responsabilidade contra-ordenacional a recair sobre o proprietário do veículo infractor, no caso, a pessoa colectiva "Companhia Agrícola de Penha...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT