Relatório 12-M/2007, de 25 de Setembro de 2007

Relatório n. 12-M/2007

Sede social: Praça do Bom Sucesso, 127, escritório 210, 4150-146 Porto. Capital social: 500 000 euros.

Pessoa colectiva n. 502824840.

Matriculada na Conservatória do Registo Comercial do Porto (2.ª Secçáo).

Relatório e contas de 2006 Relatório do conselho de administraçáo

1 - Enquadramento macroeconómico

O último trimestre de 2006 foi em geral caracterizado por uma aceleraçáo do crescimento do PIB das economias desenvolvidas.

Nos Estados Unidos, depois do abrandamento verificado ao longo do ano, a dinamizaçáo do crescimento do produto assentou essencialmente no fortalecimento do consumo privado e das exportaçóes líquidas.

Também as economias japonesa e chinesa apresentaram um crescimento significativo, assente no consumo privado e investimento. A zona euro, assim como a generalidade das grandes economias da área, acompanhou esta tendência, registando uma aceleraçáo do crescimento anual de 2,8% em 2006 face a 1,5% em 2005.

Os dados para 2006 relativos à economia portuguesa registam indícios de recuperaçáo apontando para uma taxa de crescimento real do produto de 1,2%, após o fraco crescimento observado em 2005 (0,4%). Esta expansáo assentou fundamentalmente na dinamizaçáo do consumo privado e das exportaçóes.

No entanto, o contributo do investimento permaneceu negativo, quer ao nível do investimento habitacional (queda estimada de 4,8% em 2006) quer ao nível do investimento empresarial. Ainda assim, as perspectivas de evoluçáo para a economia portuguesa no período 2007-2008 sustentam uma aceleraçáo gradual da actividade econó-mica em cerca de 1,8% e 2,1% respectivamente. Em particular, e contrariamente ao que tem sucedido em períodos de recuperaçáo ante-

28 140-(22)riores, a componente da procura interna apresenta uma dinâmica relativamente débil em funçáo do limitado crescimento das despesas em consumo das famílias (forte crescimento do consumo em anos anteriores, crescimento moderado do rendimento disponível e subidas das taxas de juro) e das despesas das administraçóes públicas (esforço de consolidaçáo orçamental e políticas restritivas). Ainda assim, a procura interna deverá ser o principal factor dinamizador da actividade económica no período 2007-2008, fundamentalmente pelo regresso de taxas de crescimento do investimento positivas. Pelo contrário, o contributo das exportaçóes líquidas deverá apresentar um abrandamento significativo, apesar do contributo assinalável em 2006.

Com base nas projecçóes do BCE, constata-se que o crescimento real previsto para a economia portuguesa no período de 2006-2007 ficará abaixo do crescimento esperado para a zona euro, fundamentalmente devido ao comportamento diferenciado da procura externa. Enquanto para a economia portuguesa, se prevê uma desaceleraçáo do crescimento das exportaçóes, a zona euro deverá beneficiar de uma procura externa mais favorável em funçáo da dinâmica de crescimento prevista para os países fora da área do euro, apesar do abrandamento esperado para a economia americana.

Relativamente à evoluçáo dos preços das matérias-primas, é de realçar a continuidade dos aumentos no preço do petróleo, apesar de algumas descidas ocasionais ao longo do ano. Ainda assim, espera-se uma estabilizaçáo relativa dos preços em 2007 e um crescimento na ordem dos 5% em 2008, traduzindo um abrandamento significativo face ao ritmo de crescimento observado no período de 2005-2006.

No que diz respeito à taxa de inflaçáo, a variaçáo média anual medida pelo IHPC em Portugal manteve-se nos 3%, acima do valor observado para a zona euro.

As previsóes do BCE apontam para uma certa volatilidade no crescimento dos preços, devendo a taxa de inflaçáo anual na zona euro permanecer acima dos 2%, pelo que se devem manter as orientaçóes restritivas de política monetária face à permanência de riscos de inflaçáo acima do desejado. Em resultado destas orientaçóes de política, registaram-se em 2006 cinco aumentos nas taxas de juro de referência do Eurosistema, reflectindo-se em ajustamentos sucessivos, no mesmo sentido, nas taxas de juro de curto prazo dos países da zona euro. Relativamente à taxa Euribor a três meses, espera-se uma subida do valor médio de 3,1% em 2006 para 4% em 2007 e 4,1% em 2008, em conformidade com as expectativas de uma politica monetária orientada para a estabilidade de preços por parte do BCE. As taxas de juro de longo prazo deveráo registar uma subida mais suave, de 3,9% em 2006 para 4% em 2007 e 2008.

2 - O sector de fundos de investimento imobiliário

O dinamismo do mercado de fundos de investimento imobiliário está patente nos diversos indicadores:

O número de sociedades gestoras passou de 28 para 32;

O número de fundos de investimento imobiliários passou de 82 para 181, sendo que em 2005 estavam constituídos 15 fundos abertos e 67 fundos fechados, e em 2006 passou-se para 16 fundos abertos e 165 fundos fechados;

O valor total sob gestáo de fundos de investimento imobiliário passou de 8164,1 milhóes de euros para 9757,7 milhóes de euros, o que traduz um crescimento de 19,5% dos activos sob gestáo.

3 - Situaçáo ecnonómico-financeira da sociedade

3.1 - Indicadores económicos

3.1.1 - Proveitos:

(Em euros) 2006-Percen- Percen- Percen- -2005 Descriçáo 2004 2005 2006 tagem tagem tagem (percentagem)

Juros e proveitos equiparados ....................... 6 087 2,00 6 884 1,70 9 195 1,68 33,50

Comissóes de gestáo ...................................... 299 139 96,30 383 180 97,00 539 214 98,27 40,72

Outros proveitos ........................................... 5 236 1,70 4 629 1,30 307 0,05 - 93,37

Total de proveitos ................... 310 462 100,00 394 693 100,00 548 716 100,00 39

No final de 2006, o total de proveitos atingiu os 548 716 euros, representando as comissóes de gestáo 98% do total de proveitos. Os valores das comissóes obtidas cresceram 40% face ao ano anterior e para este facto contribuiu o Fundo Continental Retail que no final de 2005 realizou um aumento de capital, e consequentemente a sociedade aumentou significativamente o valor sob sua gestáo.

De referir também a constituiçáo do Multipark - Fundo de Investimento Imobiliário Fechado e do Prime Value - Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado, novos fundos geridos pela sociedade que iniciaram actividade em Março e Junho de 2006 respectivamente.

3.1.2 - Custos:

2006-Percen- Percen- Percen- -2005 Descriçáo 2004 2005 2006 tagem tagem tagem (percentagem)

Custos com o pessoal .................................... 179 058 61,50 188 717 61,00 222 665 59,80 18

Fornecimento e serviços de terceiros ........... 94 834...

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