Relatório e Balanço de Contas N.º SN/1978 de 24 de Maio

CASA BENSAÚDE

Relatório e Balanço de Contas Nº SN/1978 de 24 de Maio

Senhores Accionistas,

Em cumprimento do disposto na Lei e nos Estatutos, vimos apresentar à consideração de V. Exªs. o Relatório, o Balanço e Contas referentes ao Exercício de 1977, salientando os factos mais relevantes e aqueles que mais influência tiveram no mesmo.

Tal como em anos transactos, continua a preocupar-nos a problemática relacionada com os assuntos ligados à actividade de compra e venda dos óleos combustíveis, visto que também este ano uma variedade de factores contribuíram para causar situações delicadas e difíceis de resolver.

Desses factores, parece-nos de realçar os seguintes:

1) Uma grande reparação — aliás periodicamente necessária em instalações de óleos combustíveis —diminui sensivelmente a capacidade de armazenamento de um dos produtos, e daí resultaram não só determinadas complicações no reabastecimento dos nossos tanques, como também um certo agravamento nos fretes, uma vez que se tinha de recorrer a navios de pequena dimensão, cada vez mais difíceis de encontrar, ou então aceitar navios, cuja capacidade era muito superior ao volume do produto encomendado.

2) A subida dos preços dos produtos petrolíferos, aliados à desvalorização da nossa moeda, bem como o agravamento dos fretes acima referidos, tiveram como resultado que os produtos recebidos em Novembro de 1977 sofreram um aumento de cerca de 50% em relação aos mesmos produtos recebidos em Novembro de 1976.

3) O facto do Fundo de Abastecimento levar 3 a 5 meses para nos liquidar as compensações a que temos direito, por força dos preços oficialmente tabelados, para o combustível fornecido à industria e à Empresa Insular de Electricidade, não só causou, como é óbvio, sérios embaraços, como também agravou substancialmente os nossos encargos financeiros.

Desta demora, resulta uma situação prejudicial e injusta que se traduz em termos de pagar juros ao Estado — representado neste caso pela Banca Nacionalizada — pelo simples facto de o Fundo de Abastecimento — que obviamente também representa o Estado — demorar a liquidação dos diferenciais que nos são devidos.

Para obstar à continuação desta situação, anómala e possível de modificar-se foram oportunamente já apresentadas superiormente várias exposições, nas quais foram propostas alternativas para solução do problema que nos acarreta prejuízos de vulto.

Não queríamos deixar de assinalar que este Exercício foi também fortemente influenciado pela venda...

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