Despacho n.º 26998/2002(2ªSérie), de 23 de Dezembro de 2002

Despacho n.º 26 998/2002 (2.' série). - George Agostinho Baptista da Silva (1906-1994) nasceu na cidade do Porto; professor universitário, escritor e filólogo, terminou o Curso Geral dos Liceus em 1924. Na Faculdade de Letras da Universidade do Porto faz a licenciatura em Filologia Clássica (1928) e o doutoramento com a tese 'Sentido histórico das civilizações clássicas'. Diria numa entrevista a um jornal: 'Heterodoxo é ortodoxo ao contrário. Eu sou é pelo paradoxo. E quanto ao estudo sou um filalogante, não um filosofante. Parte do meu dia é absorvido no trabalho sobre as línguas, como por exemplo a língua grega, as suas etimologias e a importância que teve sobre as línguas europeias actuais.' Após ter frequentado a Escola Normal Superior de Lisboa, em 1931, tornar-se-ia professor efectivo de liceu - é enquanto professor do Liceu de Aveiro que, por a considerar um atentado à liberdade de pensamento, recusa cumprir a determinação da lei que impunha a rejeição da ideologia comunista. Partindo para o exílio, para a América do Sul (1944) - leccionou em Montevideu e Buenos Aires -, acaba por se fixar durante muitos anos no Brasil; é aqui que se afirma a sua actividade, intensa, na defesa da língua e culturas portuguesa e brasileira.

Não sendo Agostinho da Silva autor de uma doutrina cujas teses ou programa se possam discutir, ele é, no entanto, possuidor de um pensamento alternativo, marginal ao poder, que defende uma Ideia para Portugal (integrada na concepção de uma filosofia da sua história); pensamento que apresenta uma matriz messiânica eivado de uma utopia de esperança, vertida na elevação à eternidade (assim se afirmando Agostinho da Silva como um 'homem de Deus').

Agostinho da Silva defende uma ecologia do...

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