Acórdão nº 00946/21.2BEBRG de Tribunal Central Administrativo Norte, 27 de Outubro de 2021

Magistrado ResponsávelPaula Moura Teixeira
Data da Resolução27 de Outubro de 2021
EmissorTribunal Central Administrativo Norte

Acordam em conferência na Secção de Contencioso Tributário do Tribunal Central Administrativo Norte: 1. RELATÓRIO O Recorrente, L., NIF (...), melhor identificado nos autos, interpôs recurso da sentença proferida pelo Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga que julgou extinta, por impossibilidade originária da lide, a reclamação interposta nos termos do art.º 276.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário, contra a penhora, realizada no ano de 2018, sobre o prédio rústico inscrito na matriz sob o artigo (...) da União de freguesias de Messegães, Valadares e Sá, no âmbito do processo de execução fiscal n.º 2291201601041894, instaurado contra si pelo Serviço de Finanças de Monção, por dívidas de portagens, tendo peticionado o “levantamento de imediato das penhoras realizadas aos prédios do executado”.

Por decisão sumária, o Venerando Supremo Tribunal Administrativo considerou-se incompetente em razão da hierarquia e competente este TCAN para a decisão do presente recurso.

Com a interposição do recurso, o Recorrente apresentou alegações e formulou as conclusões que se reproduzem:”(…) 1) É referido na douta decisão recorrida que o processo de execução fiscal em análise nos presentes autos foi apensado e desapensado de diversos processos de execuções fiscais semelhantes.

2) Sucede que o Recorrente nunca foi informado que o referido processo havia sido desapensado, 3) Tendo em vista que o recorrente tinha conhecimento das apensações (ver documento nº 1 que se juntou no último articulado apresentado pelo recorrente).

4) A administração está obrigada a informar ao recorrente de tudo aquilo que sucede no seu processo de execução fiscal, 5) Pelo que deveria ter informado ao recorrente que o processo de execução fiscal tinha sido desapensado.

6) Caso contrário seria muito fácil para administração desapensar processos para que o recorrente fique impossibilitado de impugnar judicialmente as decisões administrativas.

7) Sendo assim violado o direito a informação previsto no artigo 67 da LGT.

8) A decisão recorrida violou o disposto no artigo 67 da LGT.

Termos que revogando a decisão proferida e substituindo por outra que leve em consideração os factos referidos, será feita JUSTIÇA.. (…)” A Recorrida não contra alegou.

O Ministério Público junto deste Tribunal emitiu parecer tendo concluído que o Recorrente em sede de recurso jurisdicional, não atacou os fundamentos concretos da decisão, alheando-se, em absoluto, das razões que a...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT