Acórdão nº 00355/10.9BEPRT de Tribunal Central Administrativo Norte, 02 de Fevereiro de 2017

Magistrado ResponsávelPaula Moura Teixeira
Data da Resolução02 de Fevereiro de 2017
EmissorTribunal Central Administrativo Norte

Acordam em conferência na Secção de Contencioso Tributário do Tribunal Central Administrativo Norte: 1. RELATÓRIO A Recorrente, P…, Ld.ª, pessoa coletiva n.º 5…, interpôs recurso da sentença emitida em 14.03.2013, pelo Tribunal Administrativo e Fiscal do Penafiel, que julgou improcedente a impugnação judicial visando as liquidações adicionais de IRC e respetivos juros compensatórios, referente ao ano de 2006, nos montantes de € 108 805,44.

A Recorrente não se conformou com a decisão tendo interposto o presente recurso formulou nas respetivas alegações as seguintes conclusões que se reproduzem: “(…) 1– Deve na prova produzida ser dado como provado que: a) As faturas emitidas pela “T…, Lda.”, abreviadamente designada pela T..., à recorrente e contabilizadas por si correspondem a trabalho efetivamente prestado pela T...; b) A recorrente efetuou contratos escritos com a T...; c) Esta dispunha pessoal para o efeito; d) Antes de efetuar os trabalhos contratados, a T... recorreu a exames de aptidão médica ao seu pessoal, conforme contrato outorgado com a empresa “M…, Lda.”; e) Efetuou o contrato constante do contrato escrito; f) Os serviços foram efetuados, em Espanha – Troço Autopista – Eibar/Vitória, na colocação de cofragem e descofragem, colocação de betão e picagem, foram medidos e foram pagos; g) Os serviços foram pagos em dinheiro, por exigência da T...; h) A T... emitiu os competentes recibos, para dar quitação ao negócio.

  1. – Deve a sentença ser revista, por erro de julgamento, pois a recorrente demonstrou por provas documental e testemunhal, que os custos registados na contabilidade correspondem a operações económicas reais efetivamente realizadas pela T....

  2. - Da prova produzida nos autos, a recorrente demonstrou que a T... prestou-lhe os serviços correspondentes aos custos registados na sua contabilidade, como também fez prova do suporte documental desses custos.

  3. – Não obstante, deve reconhecer-se que a Autoridade Tributária não se desonerou do encargo que sobre si recaía de demonstrar que os custos registados na contabilidade da recorrente não correspondem a operações económicas reais efetivamente realizadas pela T....

  4. – Devem os custos serem considerados como dedutíveis para efeitos fiscais, cf. Art.º 23º do CIRC e Art.º104º, n.º 2, da CRP.

    Nestes termos; Deve a douta decisão recorrida ser revogada e substituída por outra que aprecie os vícios e erros alegados, com efeitos na anulação da liquidação impugnada e com todas as...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT