Acórdão nº 0743/14 de Supremo Tribunal Administrativo (Portugal), 08 de Julho de 2015

Magistrado ResponsávelFONSECA CARVALHO
Data da Resolução08 de Julho de 2015
EmissorSupremo Tribunal Administrativo (Portugal)

Acordam os juízes da Secção do Contencioso Tributário do Supremo Tribunal Administrativo Relatório Não se conformando com a sentença do Tribunal Administrativo e Fiscal de Penafiel que absolveu a Fazenda Pública da instância no processo de embargos de terceiros que contra a Fazenda Pública foram instaurados pelo embargante A……….. veio o embargante dela interpor recurso para o Tribunal Central Administrativo Norte que por acórdão de 27 03 2014 se veio a declarar incompetente em razão da hierarquia e competente para conhecer do recurso a Secção do Contencioso do supremo Tribunal Administrativo.

Formulou as seguintes conclusões: 1 Como se vê da sentença o único fundamento para a improcedência dos embargos foi o facto de o TAF de Penafiel considerar que os embargos não foram propostos contra a exequente mas apenas contra a executada.

2 O tribunal “a quo” considerou que os créditos derivados de apoio financeiro concedidos pelo IEFP não são créditos fiscais.

3 Tribunal “a quo” deu como provado que foi instaurado em 25 06 2012 contra B……… LDª NIPC ………. o processo de execução fiscal nº 356520120144768 por dívidas ao Instituto de Emprego e Formação Profissional Delegação Regional do Norte referentes a um apoio financeiro no montante de €18.574,26 concedido à executada sociedade.

4 No âmbito do processo supra referido foi o embargante obrigado de forma a acautelar os seus interesses a socorrer-se do CPPT mais concretamente dos embargos de terceiro.

5 Os embargos de terceiro pressupõem que exista litisconsórcio necessário entre o exequente e a executada devendo por isso ser propostos contra o exequente e a executada.

6 Nos embargos de terceiro a legitimidade passiva cabe ao RFP como representante do exequente seja ele a AT ou outra entidade que caiba representar.

Tendo sido instaurada execução contra B……… Ldª os embargos de terceiro tem de ser deduzidos contra a exequente FP e a B………… Ldª e não contra o IEFP que não é parte no processo.

Deve por isso revogar-se a sentença.

Não foram apresentadas contra alegações.

O Mª Pº neste Tribunal pronuncia-se pela procedência do recurso.

Colhidos os vistos cumpre decidir.

Fundamentação: De facto: Foi a seguinte matéria de facto que o Tribunal a quo deu como provada: 1 Foi instaurado em 25 06 2012 contra B……….. Ldª o processo de execução fiscal nº 356520120144168 por dívidas ao Instituto do Emprego e Formação Profissional - Delegação Regional do Norte referentes a um apoio financeiro no montante de e 1874,26...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT