Acórdão nº 35/15.9YHLSB-8 de Court of Appeal of Lisbon (Portugal), 14 de Setembro de 2017

Magistrado ResponsávelISOLETA ALMEIDA COSTA
Data da Resolução14 de Setembro de 2017
EmissorCourt of Appeal of Lisbon (Portugal)

Decisão Texto Parcial:

Acordam na 8ª Secção cível do tribunal da Relação de Lisboa.

Relatório: A Lda, veio intentar a presente acção, contra, J e C, pedindo que: Seja anulado o registo da marca nacional nº 453170 EXLIBRIS BACO Que os RR. sejam condenados a absterem-se de usar essa marca, ou outra que contenha a palavra EXLIBRIS ou que seja com esta confundível, para assinalar produtos idênticos ou afins aos produtos para que se encontra registada a marca EX-LIBRIS titularidade da Autora.

Pedem ainda que os RR. sejam condenados no pagamento de uma indemnização pelos danos causados à Autora pelo uso da marca EXLIBRIS BACO.

E ainda numa sanção pecuniária compulsória de €300,00 por cada dia de uso da marca “EXLIBRIS BACO”, ou outro sinal confundível com a marca da Autora, após o trânsito em julgado da sentença a proferir nesta acção.

Alega em síntese que é titular do registo, prioritário, da marca EX-LIBRIS, nominativa, destinada a assinalar vinhos, de que a marca EXLIBRIS BACO, de cujo registo é titular o 1º R., constitui imitação, reproduzindo-a na íntegra, beneficiando dessa forma os RR. da projecção comercial da sua marca, que lhe causa danos, afectando nomeadamente o valor económico daquela e para cuja protecção a A. teve já de incorrer em despesas.

Citados os RR., vieram contestar defendendo a improcedência da acção.

Em reconvenção, pedem a condenação da A. a reconhecer que o 1º R. é titular do direito de propriedade e do exclusivo da marca nacional n.º 453170 EXLIBRIS BACO e que esta não constitui imitação da marca nacional titularidade da A.; e ainda a pagar-lhe uma indemnização, pelos danos patrimoniais causados aos RR. a liquidar em execução de sentença, e a pagar-lhes a quantia de €2.500,00 a cada R. pelos danos não patrimoniais por si sofridos.

A A. contestou o pedido reconvencional, sustentando a sua improcedência.

A caducidade do direito de acção foi julgada improcedente, com fundamento no disposto no artº 266 nº 4 do Código de Propriedade Ondustrial (doravante CPI) uma vez que não decorreram dez anos sobre o registo da mesma.

Foram declarados assentes os seguintes factos: 1–A tem por objecto social a consultadoria em viticultura e enologia, produção e engarrafamento de vinhos; 2–Explora, na região demarcada da Bairrada, uma propriedade denominada “Q”, onde tem plantada vinha; 3–No âmbito da sua actividade a A. produz e comercializa vinhos, nomeadamente espumante com a marca EX-LIBRIS: 4–É titular do registo da marca nacional n.º 352599 EX-LIBRIS (sinal verbal), concedido por despacho de 27.11.2001, destinada a assinalar, na classe 33 da Classificação de Nice, bebidas alcoólicas excepto de cervejas; 5–O vinho produzido pela A. com a marca EX-LIBRIS, “Ex-libris Super Reserva 2008” recebeu a medalha de bronze no “International Wine Challenge 2014”; 6–Tendo sido mencionado na “Revista de Vinhos” e nos sites www.cvbairrada.pt e www.jb.pt (comissão vitivinícola da bairrada e jornal da bairrada, respectivamente) 7–Januário J...M...A... é titular do...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT