Acórdão nº 11778/15 de Tribunal Central Administrativo Sul, 30 de Abril de 2015

Magistrado ResponsávelCONCEIÇÃO SILVESTRE
Data da Resolução30 de Abril de 2015
EmissorTribunal Central Administrativo Sul

ACORDAM, EM CONFERÊNCIA, OS JUÍZES DA SECÇÃO ADMINISTRATIVA DO TRIBUNAL CENTRAL ADMINISTRATIVO SUL: RELATÓRIO ANTÓNIO ……………… instaurou no Tribunal Administrativo e Fiscal de Loulé acção administrativa especial de pretensão conexa com actos administrativos contra o MUNICÍPIO DE LAGOS e a contra-interessada O……… - SOCIEDADE DE …………….., SA, com vista a obter a declaração de nulidade ou a anulação do despacho de 28/07/2011 do Presidente da Câmara Municipal de Lagos.

Em 18/03/2013 foi proferida sentença pela Senhora Juíza Relatora ao abrigo do artigo 27º, n.º 1, al. i) do CPTA, julgando a acção improcedente.

O autor reclamou para a conferência da referida sentença, a qual foi rejeitada por extemporaneidade por despacho de 7/05/2013, com referência ao qual foi apresentada reclamação para a conferência.

Em 7/09/2013 foi proferido despacho que manteve o aludido despacho de 7/05/2013.

Desse despacho de 7/09/2013 o autor apresentou reclamação para a conferência.

Por acórdão de 28/03/2014, o TAF de Loulé indeferiu “a reclamação por intempestividade” e confirmou “a sentença reclamada”.

É desse acórdão que vem interposto o presente recurso pelo autor, formulando as seguintes conclusões: “

  1. O que está em causa neste recurso é tão só e apenas saber se a notificação da sentença proferida pela Meritíssima Juiz do Tribunal Administrativo e Fiscal de Loulé foi efectuada no dia 1 ou no dia 2 de Abril de 2013. b) A sentença foi notificada ao autor por carta expedida na quinta-feira o dia 28.03.2013, e só na Segunda-feira de Páscoa, dia 1 de Abril, pelas 12:57H, é que os serviços postais tentaram entregar a carta que a continha no escritório do advogado subscritor. c) Este escritório encerra para o almoço pelas 12:30H e reabre pelas 14:00H, o que fez com que, no dia 1 de Abril, pelas 12:57H, a carta não pudesse ser recebida a esta hora. d) No início da tarde desse mesmo dia 1 de Abril, pelas 14:30H, a Exm.ª Senhora Odete ………., funcionária do escritório do advogado subscritor, dirigiu-se com o aviso à estação dos CTT da área para levantar a carta que continha a sentença e nesta estação foi-lhe dito que a carta não podia ser levantada porque só quando terminasse o giro é que o carteiro a depositaria na central de distribuição (que fica fora da cidade de Portimão e onde o acesso do público é interdito) para registar a não entrega, e só no dia seguinte, pela manhã, é que a carta estaria à disposição do destinatário nessa estação dos CTT. e) No dia 2 de Abril a mesma funcionária levantou a carta. f) Nos termos da norma do n.º 3 do artigo 254º do CPC aplicável em Abril de 2013, a notificação da sentença presume-se feita no dia 1 de Abril de 2013. g) Todavia, nos termos da norma do n.º 6 deste mesmo artigo, esta presunção pode ser ilidida pelo notificado. h) O advogado notificado demonstrou através da data que consta no verso do envelope que a carta só não lhe foi entregue no dia 1 de Abril porque o carteiro a tentou entregar às 12:57H (hora do encerramento do escritório para almoço) e porque, nessa mesma tarde, só não a recebeu porque devido ao modo como os serviços postais estão organizados. i) Assim, e para além do facto de o dia 1 de Abril de 2013 ainda se incluir nas férias judiciais, o facto de o carteiro se ter...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT