Acórdão nº 2270/07.4TBPVZ de Court of Appeal of Porto (Portugal), 10 de Março de 2009

Data10 Março 2009
ÓrgãoCourt of Appeal of Porto (Portugal)

Processo nº2270/07.4TBPVZ-2 ACORDAM NO TRIBUNAL DA RELAÇÃO DO PORTO 1.

"B.........., S.A." que incorporou, por fusão, a C.........., SA, intentou contra D.......... E E.........., acção declarativa, de condenação, com processo sumário.

Pediu: Que os réus sejam condenados a pagar-lhe a quantia de € 5.915,56, acrescida de juros legais à taxa de 4% desde a data da entrada da presente acção até efectivo e integral pagamento.

Alegou: Que, no exercício da sua actividade, a C.........., S.A. celebrou com os réus em 7 de Agosto de 2003 um contrato de aluguer de veículo sem condutor com o n.º ..... que teve por objecto o veículo de marca Seat, modelo .........., com a matrícula ..-..-VH, nos termos constantes a fls. 14 e 15 dos autos, tendo aquela sociedade, enquanto proprietária do veículo em causa, procedido ao seu registo na Conservatória de Registo Automóvel a 14 de Outubro de 2003.

Que, a 30 de Outubro de 2003, os RR. procederam à restituição do veículo, tendo a C.........., S.A. enviado, em 5 de Agosto de 2004, uma carta registada com aviso de recepção aos RR. informando dos débitos que se encontravam por regularizar após a venda da mesma.

Que sendo a resolução do contrato imputada aos RR., confere à C.........., S.A. o direito a receber os alugueres vencidos e não pagos no valor de 2.090,60€ e relativos a Fevereiro a Junho de 2004, ao qual acresce juros de mora que até à data de entrada da Petição Inicial perfazem 692,04€, bem como os montantes de 2.556,20€, de 297,50€, de 178,07€ e de 101,15€ nos termos das alínea a) e b) da cláusula 10º das condições gerais do contrato celebrado com os RR.

Citados, os RR. não contestaram.

  1. Seguidamente foi proferida sentença que: Julgou a acção parcialmente procedente e, em consequência condenou os RR a pagar à Autora a quantia de 3.132,92€ (Três mil cento e trinta e dois euros e noventa e dois cêntimos), acrescida de juros de mora, à taxa legal, desde a data de entrada da presente acção até integral e efectivo pagamento.

  2. Inconformada recorreu a autora.

    Rematando as suas alegações com as seguintes conclusões: 1. Por mero lapso indicou a Autora a data de 30 de Outubro de 2003, como sendo a data em que a viatura objecto do contrato foi recuperada.

  3. Afere-se tal lapso pela simples análise dos documentos n.ºs 3 e 7 juntos com a Petição inicial.

  4. A viatura supra referida, foi recuperada em 14 de Junho de 2004.

  5. Nessa data encontravam-se vencidos e não pagos os alugueres referentes aos meses de Fevereiro, Março, Abril e Maio de 2004.

  6. A entrega da viatura, pelos Réus, não configurou nenhum acordo revogatório.

  7. Configurou a manifestação expressa dos Réus em incumprir o contrato que os ligava á Autora.

  8. Incumprimento, manifestamente culposo.

  9. Em face disso devem os Réus ser ainda condenados no pagamento á Autora dos valores peticionados nos artigos 14º e 15º da petição inicial, 2.090,60 € e 692,04 € respectivamente.

    TERMOS EM QUE E NOS MELHORES DE DIREITO QUEM. EX.CIAS DOUTAMENTE SUPRIRÃO, DEVE A PRESENTE APELAÇÃO SER JULGADA PROCEDENTE POR PROVADA E CONSEQUENTEMENTE:

    1. SER ORDENADA A RECTIFICAÇÃO DO ARTIGO 6º DA PETIÇÃO INICIAL, PASSANDO A CONSTAR A DATA DE 14 DE JUNHO DE 2004 E NÃO 30 DE OUTUBRO DE 2003.

    2. OU, CASO ASSIM NÃO SE ENTENDA, DEVERÁ SER ORDENADA A PRODUÇÃO DE PROVA RELATIVAMENTE AO ALEGADO NO ARTIGO 6º DA PETIÇÃO INICIAL.

    3. SER A DECISÃO RECORRIDA PARCIALMENTE REVOGADA E SUBSTITUÍDA POR OUTRA ONDE PARA ALÉM DAQUILO EM QUE JÁ FORAM CONDENADOS, SEJAM OS RÉUS TAMBÉM CONDENADOS A PAGAR Á AUTORA O VALOR DOS ALUGUERES VENCIDOS E NÃO PAGOS, REFERENTES AOS MESES DE FEVEREIRO, MARÇO, ABRIL, MAIO E JUNHO DE 2004, OS QUAIS PERFAZEM A QUANTIA DE 2090,60 €, E BEM ASSIM DOS RESPECTIVOS JUROS DE MORA, COMPUTADOS NA QUANTIA DE 692,04 €. ASSIM SE FAZENDO CORRECTA APLICAÇÃO DA LEI E SÃ JUSTIÇA! 4.

    Sendo que, por via de regra: artºs 684º e 690º do CPC - de que o presente caso não constitui excepção - o teor...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT