Acórdão nº 763/11.8YRLSB.S1 de Supremo Tribunal de Justiça (Portugal), 23 de Novembro de 2011

Magistrado ResponsávelSANTOS CARVALHO
Data da Resolução23 de Novembro de 2011
EmissorSupremo Tribunal de Justiça (Portugal)

Acordam em conferência no Supremo Tribunal de Justiça 1.

Por acórdão de 19 de Novembro de 2011, o Supremo Tribunal de Justiça, no recurso que o cidadão búlgaro A moveu contra a decisão do Tribunal da Relação que determinou a sua entrega à República da Bulgária em execução do mandado de detenção europeu emitido pela Procuradoria Distrital de Burgas, decidiu o seguinte: - Conceder provimento parcial ao recurso e em ordenar a entrega do cidadão A à República da Bulgária, para cumprimento do MDE emitido, com a correcção de que as sentenças condenatórias são as n.ºs 46 e 663, proferidas, respectivamente, pelo Tribunal da Relação de Burgas em 11.03.2007 e pelo Supremo Tribunal de Cassação da República da Bulgária em 11.10.2007, no âmbito do PPCC que no Tribunal Regional de Burgas tinha o n.º 171/2003, ficando a entrega sujeita às seguintes condições resolutivas: 1ª- As referidas decisões serão notificadas pessoalmente ao dito cidadão, sem demora na sequência da entrega e este será expressamente informado do direito que lhe assiste a novo julgamento ou a recurso e a estar presente nesse julgamento ou recurso, que permite a reapreciação do mérito da causa, incluindo novas provas, e pode conduzir a uma decisão distinta da inicial; 2ª- A pena que nessa sequência eventualmente lhe venha a ser imposta não pode ser superior a “20 anos de privação da liberdade sob regime inicial estritamente rigoroso”.

  1. Vem agora o requerido requerer a aclaração desse acórdão, com os seguintes fundamentos: 1. Muito embora se depreenda que não é a Procuradora de Burgas quem deve dar as garantias: "Para o caso em apreço, há que realçar que, no momento presente, o Estado Búlgaro ainda não deu garantias suficientes..."; "Por isso, teria sido preferível, face ao pedido das autoridades portuguesas, que o Estado Búlgaro - e não uma sua Procuradora - tivesse dado as garantias formais..."; «Todavia, apesar de tal ter sido pedido, o Estado Búlgaro ainda não forneceu tal garantia formal" (sublinhado nosso).

    1. : O certo é que na decisão não determina qual a Entidade Búlgara que deverá prestar tais garantias.

    2. : Para evitar uma eventual continuidade de ilegitimidade de quem prestará as garantias, solicita-se que se aclare qual a entidade Búlgara que deverá prestar as garantias, agora decididas por força deste Douto Acórdão.

  2. O M.º P.º respondeu a esse pedido do seguinte modo: 1 – Ao contrário do que parece estar subjacente ao pedido do requerente, a sua entrega às Autoridades...

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