Acórdão nº 9440999 de Court of Appeal of Porto (Portugal), 30 de Novembro de 1994

Magistrado ResponsávelPEREIRA MADEIRA
Data da Resolução30 de Novembro de 1994
EmissorCourt of Appeal of Porto (Portugal)

N Privacidade: 1 Meio Processual: REC PENAL.

Decisão: NEGADO PROVIMENTO.

Indicações Eventuais: CITA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA ANOTADA 3 EDIÇÃO DE GOMES CANOTILHO E VITAL MOREIRA.

Área Temática: DIR PROC PENAL.

Legislação Nacional: CONST89 ART32 N2. CPP87 ART204.

Sumário: I - O princípio constitucional da presunção da inocência do arguido, estabelecido pelo artigo 32, n. 2 da Constituição implica, além do mais, a proibição da antecipação de verdadeiras penas a título de medidas cautelares. O despacho recorrido quando considera que, a partir da prolação do acórdão que condenou a arguida em 9 anos de prisão pela co-autoria material de um crime de tráfico de estupefacientes previsto e punido pelo artigo 21, n. 1 do Decreto-Lei n. 15/93, de 22/01, "os arguidos já não são meros acusados, mas já são duas pessoas julgadas e condenadas por um tribunal colectivo" e que "as próprias penas que o tribunal colectivo aplicou e os factos que deu como provados no que concerne à arguida M..., constituem por si só uma alteração dos pressupostos da medida de coacção, havendo agora manifesto perigo de fuga para além do grave alarme social que causaria a manter-se em liberdade uma arguida que este tribunal colectivo condenou em nove anos de prisão", não afronta aquele princípio constitucional. O que aí se quis significar foi que os indícios até então recolhidos, que o tribunal colectivo tem como provas capazes de sustentar aquela condenação, estão agora robustecidos, tanto mais que, como a arguida bem sabe, o tribunal de recurso está, em sede de matéria de facto...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT