Acórdão nº 02A4015 de Supremo Tribunal de Justiça (Portugal), 14 de Janeiro de 2003

Magistrado ResponsávelBARROS CALDEIRA
Data da Resolução14 de Janeiro de 2003
EmissorSupremo Tribunal de Justiça (Portugal)

Acordam no Supremo Tribunal de Justiça: A , solteiro, residente na Quinta da ... , Freguesia da Faia, concelho da Guarda, veio propor uma acção de processo ordinário contra B , casado, advogado, residente na Rua ... , 10, 5º Esq., Lisboa, pedindo que a acção seja julgada procedente e o réu condenado a pagar ao autor a quantia de 3.156.725$00, acrescida de juros legais sobre o montante de 2.649.000$00, a partir da citação, porquanto o réu exerce a actividade de advogado na cidade de Lisboa, mas possui uma casa de habitação no lugar de Cerejo, concelho de Cinhel, deste Distrito da Guarda, para onde se desloca habitualmente. O autor é primo da esposa do réu e daí o ter procurado para o ajudar na formalização de um contrato escrito de promessa de compra e venda da Quinta da Portela e para propor uma acção de expropriação de um caminho de veículos de tracção mecânica para serventia dos prédios constantes do documento junto. O réu recebeu da promitente compradora, C , do sinal da venda, a quantia de 3.000.000$00, em 10 de Junho de 1996, para entrega ao autor. Não o fez. A nível de honorários o réu ficaria muitíssimo bem pago se cobrasse pelos seus trabalhos da quantia de 300.000$00, a que corresponderia o IVA, no valor de 51.000$00, no total de 351.000$00. O réu encontra-se em mora a partir de 1 de Julho de 1996. A quantia que deve ao autor é de 2.649.000$00 e já venceu juros legais neste momento de 507.725$00. Deve, pois, nesta altura ao autor a quantia de 3.156.725$00. Citado para contestar o réu defendeu-se por impugnação e por excepção, dando conta do motivo da retenção da quantia de 3.000.000$00 e em reconvenção articula que os seus honorários são no montante de 2.020.495$00, pelo que deve ser feita a compensação do seu crédito sobre o crédito do autor e o réu obrigado a restituir aquele a quantia correspondente à diferença .......... os respectivos créditos. O autor respondeu à excepção e reconvenção deduzidas pelo réu na contestação e termina como na petição. Foi proferido despacho saneador, meramente talular e depois foram organizados os factos considerados assentes e a base instrutória. Instruída a acção teve lugar o julgamento, que decorreu com observância do formalismo legal. Na altura própria, o Sr. Juiz "a quo" lavrou despacho, onde respondeu à matéria de facto controvertida. De seguida, foi proferida sentença, na qual se decidiu julgar a acção e a reconvenção parcialmente provadas e procedentes e consequentemente: A) Condenar o réu...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT