Acórdão nº 00401/04 de Tribunal Central Administrativo Norte, 21 de Abril de 2005 (caso NULL)

Magistrado ResponsávelValente Torr
Data da Resolução21 de Abril de 2005
EmissorTribunal Central Administrativo Norte

Acordam na Secção de Contencioso Tributário do Tribunal Central Administrativo Norte: 1. M .., contribuinte n.° , residente em Sangalhos, 3780 Anadia, veio recorrer da decisão do Mmº Juiz do TAF de Viseu que julgou parcialmente improcedente a oposição à execução fiscal nº 100129-8/95 que corre pela Repartição de Finanças de Águeda, por dívidas de IRC do ano de 1990, de IVA dos meses de Março, Abril e Maio de 1993 e de contribuições devidas ao Centro Regional de Segurança Social do Centro dos meses de Abril a Dezembro de 1994, inicialmente instaurada contra a sociedade B .., Ldª e que contra si reverteu, apresentando, para o efeito, alegações nas quais conclui: A Não foram convenientemente valorados os depoimentos das testemunhas.

B. Face a tais depoimentos, ficou demonstrado o não exercício da gerência, na sociedade executada; C. O facto de, o oponente ter assinado, em 28/05/92, a declaração Mod. 22 do ano de 1991 não permite concluir pelo exercício da gerência, de facto.

D. O recorrente apenas foi gerente de direito da originária devedora, nunca tendo exercido nesta sociedade qualquer acto de administração; E. Em matéria de responsabilidade subsidiária dos gerentes ou administradores de sociedades de responsabilidade limitada, incumbe à Fazenda Pública o ónus material da prova da efectiva gerência do oponente.

E. Sendo certo que, provada a gerência de direito, dela naturalmente pode inferir-se o exercício de uma gerência de facto.

G. Para infirmar a presunção natural da gerência de facto, basta que se produza contraprova e não, necessariamente, prova do contrário.

H. No caso sub judice o oponente fez prova, mais que bastante, que apesar de gerente de direito, nunca exerceu a gerência de facto, no período a que respeita a dívida exequenda.

  1. Quando o oponente cedeu a sua quota, e renunciou à gerência, a empresa encontrava- se a laborar normalmente, e; J. Tinha bens suficientes para o pagamento das dívidas, aqui em causa.

K. Pelo que, está ilidida a presunção do art° 13° do CPT, no sentido de que o recorrente não tivera culpa na insuficiência do património para pagamento das dívidas fiscais da executada.

L.

Por tudo isto, o ora recorrente é parte ilegítima na presente execução.

Assim, salvo o devido respeito a douta decisão recorrida violou, entre outras, as disposições dos artº. 13°CPT.

Nestes termos, e nos melhores de direito, com o sempre mui douto suprimento de Vossas Excelências, deverá ser concedido provimento ao presente recurso e...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT