Acórdão nº 10776/2004-8 de Court of Appeal of Lisbon (Portugal), 01 de Abril de 2004 (caso NULL)

Magistrado ResponsávelSALAZAR CASANOVA
Data da Resolução01 de Abril de 2004
EmissorCourt of Appeal of Lisbon (Portugal)

Acordam no Tribunal da Relação de Lisboa: 1.

Na acção declarativa que Tecnivapor-Técnica de Equipamentos e Montagens Industriais Ldª (sub-empreiteira) propôs contra, entre outros, Banco Pinto & Sotto Mayor para dele haver a parte proporcional da quantia de 8.729.603$00, respeitante a crédito e juros da A. sobre o empreiteiro (Viana & Conde Ldª), no âmbito de uma empreitada de obras públicas, que se encontra assegurado pelas forças das garantias prestadas pelo aludido Banco e outras instituições de crédito igualmente garantes, veio a ser proferida sentença, transitada em julgado, nos seguintes termos: " Julgo a acção parcialmente procedente e provada condenando a 1ª Ré a reconhecer dever à A. a quantia de 6.929.603$00 de serviços prestados e de materiais fornecidos pela autora por força do contrato de sub- -empreitada, no âmbito da empreitada de obras públicas de construção da escola C+S/24T de que era dona de obra a Câmara Municipal de Leiria; declaro o direito da autora a ser paga por tal crédito e pelos juros devidos desde a citação, por força do depósito feito pela referida Câmara na Caixa Geral de Depósitos em conformidade com a alínea b) do nº 2 do artigo 207º do Decreto-Lei nº 235/86; condeno as 2ª, 3ª e 4ª Rés a reconhecerem o direito da A. a ser paga do seu crédito pelas forças das garantias que prestaram e a pagarem as quantias por si garantidas na proporção necessária à satisfação do crédito da A".

Nessa decisão considerou-se que ao valor peticionado de 8.729.603$00 se impunha deduzir a quantia de 1.800.000$00 isto porque " na assembleia de credores foi reconhecido ao Banco Pinto & Sotto Mayor um crédito de 1.800.000$00, reclamado e titulado por letra ou letras sacadas pela A. e aceites pela 1ª Ré, crédito esse que está englobado na quantia peticionada nos presentes autos. Ora...estando tal crédito englobado na importância peticionada pela A., impõe-se a absolvição parcial dos RR pelo referido montante ao qual a A. deixou de ter qualquer direito".

Assim, quando se tratou de apurar a parte proporcional que o Banco executado/embargante teria a pagar correspondente à quota parte da sua responsabilidade, dada a existência de vários garantes, a Câmara Municipal de Leiria (dona da obra) liquidou essa quota-parte apurando, como responsabilidade do ora embargante, a quantia de 3.455.499$00 e juros, valor que resultou da distribuição do crédito reconhecido por sentença de 6.929.603$00.

Sucede que o ora embargante deduziu à...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT