Acórdão nº 04B076 de Supremo Tribunal de Justiça (Portugal), 09 de Março de 2004 (caso NULL)

Magistrado ResponsávelFERREIRA GIRÃO
Data da Resolução09 de Março de 2004
EmissorSupremo Tribunal de Justiça (Portugal)

Acordam no Supremo Tribunal de Justiça: Na presente acção ordinária, a autora "A-Companhia de Seguros, SA" pede que o réu Gabinete Português de Carta Verde seja condenado a pagar-lhe a quantia de 25.120,11 euros, com juros de mora, à taxa legal, desde a citação, alegando, em síntese, que: --em processo que correu termos pelo 1º Juízo do Tribunal de Mangualde, a autora chegou a acordo com o autor nessa acção emergente de acidente de viação, pagando uma indemnização por danos patrimoniais e não patrimoniais, no montante de 5.500.000$00, correspondente a 27.433,88 euros; --no âmbito dessa acção pagou, também, o crédito reclamado pelo Centro Regional de Segurança Social do Centro, no montante de 95.700$00, correspondente a 477,35 euros; --o sinistrado e autor nessa acção - B - foi vítima de atropelamento, no dia 28/1/99, por um veículo automóvel seguro na autora, encontrando-se aquele na berma da EN nº234, Nelas-Mangualde; --o acidente ocorreu quando o veículo seguro na autora ultrapassava um veículo pesado de matrícula espanhola, que, inopinadamente, flectiu para a sua esquerda a fim de ultrapassar um outro veículo que o precedia mais lento; --o condutor do veículo seguro na autora foi obrigado, a fim de evitar o embate com o dito pesado, a travar fortemente e a flectir para a sua esquerda, vindo a colher na berma o dito sinistrado; --o acidente foi, assim, devido a culpas concorrentes do condutor do veículo seguro na autora e condutor do veículo pesado de matrícula espanhola, na proporção, respectivamente, de 10% e de 90%; --a responsabilidade do réu decorre do preceituado no artigo 2º do DL nº122-A/86, de 30/5. Na contestação alegou, em síntese, o réu que: --é verdade ser responsável pela satisfação, nos termos legais e regulamentares, do seguro obrigatório de responsabilidade civil automóvel, das indemnizações devidas aos lesados por acidentes causados por veículos matriculados noutros Estados da União Europeia; --contudo, para ser responsabilizado, é preciso alegar e provar que no acidente interveio um veículo matriculado nesses Estados, identificando essa matrícula, não bastando alegar e provar que, no acidente, interveio um veículo com matrícula nesses Estados; --a autora não identificou a alegada matrícula espanhola; --de qualquer modo desconhece as circunstâncias do acidente, mas, da petição da acção intentada pelo sinistrado contra a autora, resulta caber em exclusivo a culpa ao condutor do veículo seguro na autora. Houve réplica, onde a autora reiterou a sua tese de que não é necessário, para a responsabilização...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT