Acórdão nº 0150783 de Court of Appeal of Porto (Portugal), 02 de Julho de 2001 (caso NULL)

Magistrado ResponsávelANTÓNIO GONÇALVES
Data da Resolução02 de Julho de 2001
EmissorCourt of Appeal of Porto (Portugal)

ACORDAM NO TRIBUNAL DA RELAÇÃO DO PORTO: Por apenso à execução para pagamento de quantia certa sob a forma ordinária que a "Banco....., S.A." a si e outro move, veio o executado António..... deduzir as presentes embargos de executado, com a forma de processo sumário, com vista à extinção da execução relativamente a si.

Para tanto o embargante alegou, em síntese, que não eram do seu punho as assinaturas constantes dos aceites das letras de câmbio dadas à execução, que o embargante jamais subscreveu os "aceites" objecto da execução e é falso o "compromisso" de liquidação das letras que o embargado atribui ao embargante.

Contestou o embargado afirmando que não sabe, nem lhe cumpre saber, se é exacto ou não o que o embargante invoca na petição de embargos.

Convidado o embargado, nos termos do disposto no art.º 508.º, n.º3, do C.P.Civil, a esclarecer se imputa a assinatura ao embargante ou desconhece se a assinatura é dele, o Banco exequente respondeu assim: -"esclarece que, quanto ao alegado no artigo 6.º da contestação (assim redigido...o embargado ignora, e não lhe incumbe saber se o embargado, usa, para assinar, outra grafia além da constante do seu Bilhete de Identidade) que desconhece se a assinatura em causa é do embargante".

O Ex.mo Juiz, considerando que os autos contêm já os elementos suficientes para decidir o mérito da causa com a necessária segurança, considerando que o exequente impugnou as assinaturas constantes dos títulos dados à execução, incumbindo ao embargado, parte que apresentou o documento, a prova da veracidade das assinaturas postas nos títulos executivos (art.º 374.º, n.º 2, do C. Civil), não o fazendo - limitou-se a invocar o desconhecimento sobre a autoria das assinaturas, acabando por não as imputar ao embargante - julgou os embargos procedentes e, em consequência, julgou extinta a execução relativamente ao embargante António......

Inconformado com esta sentença recorreu o exequente/embargado que alegou e concluiu do modo seguinte: Primeira: O Apelante instaurou uma acção executiva a António..... para haver pagamento de três letras de câmbio, por ele aceites, vencidas e não pagas.

Segunda: O executado deduziu oposição mediante embargos, sendo que na respectiva petição alegou, em síntese, não serem da sua autoria as assinaturas apostas nos títulos e invocando expressamente a sua falsidade.

Terceira: O Apelante contestou aqueles embargos com fundamento na circunstância de, não sendo tais factos pessoais, não saber...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT