Acórdão nº 0230697 de Court of Appeal of Porto (Portugal), 09 de Maio de 2002 (caso NULL)

Data09 Maio 2002
ÓrgãoCourt of Appeal of Porto (Portugal)

Acordam na Secção Cível do Tribunal da Relação do porto: I - Nos Juízos Cíveis da Comarca de ......., Banco ........, S.A., em acção com processo sumário intentada contra C.........., Lda, pediu que, com a procedência da acção, seja a Ré condenada a pagar-lhe a quantia de 1.043.491$00, acrescida de 17.482$62 de juros vencidos à taxa legal até esta data (a da propositura da acção) e Imposto de Selo, bem como juros vincendos à mesma taxa até integral pagamento.

Para fundamentar a sua pretensão, alega, em síntese, o seguinte: A Ré acordou com o Banco Autor a abertura de uma conta depósito à ordem junto da sucursal da Rua de .........., com o n° ..........

A Autora acordou com a Ré que a mesma sacasse sobre tal conta ou que nela fossem debitadas despesas de efeitos, débitos de juros, imposto de selo e outros débitos provenientes das transacções comerciais havidas entre ambas, nomeadamente desconto de títulos de crédito, sem que ela tivesse na conta saldo suficiente.

Nessa conta foram lançados a crédito os depósitos e entregas de dinheiro efectuados a favor da Ré e a débito os cheques e ordens de pagamento sacados pela Ré, bem como as operações atrás referidas, sendo enviados periodicamente à Ré extractos da conta, os quais reflectiam tais movimentos e o saldo que a mesma apresentava a cada momento.

Como resultado de tais lançamentos, a conta apresentava em 26/02/99 um saldo devedor de 1.043.491$00.

A Ré não regularizou até ao momento o referido débito, apesar de insistentemente instada pela Autora nesse sentido.

Os juros e o montante relativo ao imposto de selo ascendem a 17.482$62, pelo que a dívida da Ré à Autora é de 1.060.973$62.

Na sua contestação, a Ré impugnou os factos alegados na petição, salvo quanto à abertura da conta, acabando por pedir a improcedência da acção.

Foi proferido o despacho saneador, foram declarados os factos assentes e foi elaborada a base instrutória, de que não houve reclamação.

A final, foi proferida sentença, segundo a qual a acção foi julgada improcedente e não provada a acção e, em consequência, foi a Ré absolvida do pedido.

Inconformada com tal decisão, dela veio a Autora interpor recurso de apelação, o qual foi admitido.

A apelante apresentou as suas alegações e longas conclusões, as quais podemos sintetizar da seguinte forma: 1ª - Contrariamente ao que se diz na douta sentença, não existe nem foi invocado qualquer contrato de abertura de crédito.

  1. - O que foi invocado foi um descoberto de uma conta de...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT