Acórdão nº 0610709 de Court of Appeal of Porto (Portugal), 22 de Maio de 2006 (caso NULL)

Data22 Maio 2006
ÓrgãoCourt of Appeal of Porto (Portugal)

Acordam no Tribunal da Relação do PortoINa presente acção emergente de acidente de trabalho a correr termos no Tribunal do Trabalho de Gondomar, em que é sinistrado B………. e entidade responsável Companhia de Seguros X………., S.A., foi proferida sentença atribuindo ao sinistrado a incapacidade permanente absoluta para o trabalho habitual e a IPP de 38,287%, condenando a Seguradora a pagar-lhe, desde 28.10.04, a pensão anual e vitalícia de € 4.036,02 e as quantias de € 4.387,20 e € 10,00 referentes a subsídio por situação de elevada incapacidade permanente e gastos em transportes, respectivamente.

Inconformada, veio a Seguradora recorrer da sentença pedindo a sua revogação e que seja considerado que à incapacidade fixada ao sinistrado não é aplicável o factor de bonificação de 1,5 e para tal formula as seguintes conclusões: 1. Cabia aos Srs. Peritos médicos, e não ao Mmo. Juiz a quo, que realizaram a perícia médico legal, avaliar da necessidade de aplicação do factor de bonificação de 1,5 à incapacidade parcial permanente de que o sinistrado ficou afectado e que lhe foi fixada na perícia médica realizada.

  1. Ainda que assim não fosse, não estão reunidos os requisitos previstos na Instrução Geral nº5 da TNI aprovada pelo DL 341/93 de 30.9.

  2. Por ter sido fixada ao sinistrado uma incapacidade permanente absoluta para o trabalho habitual, ele tem direito a receber uma pensão anual e vitalícia calculada nos termos da al. b) do nº1 do art.17º da LAT.

  3. Não se justifica, pois, a aplicação ao caso concreto do factor de bonificação de 1,5 ao coeficiente de incapacidade que foi fixado.

  4. Foram violadas as disposições da al. b) do nº1 do art.17º da LAT e a Instrução Geral nº5 da TNI aprovada pelo DL 341/93 de 30.9.

    O Digno Magistrado do Ministério Público junto do Tribunal a quo apresentou contra alegações pugnando pela manutenção da decisão recorrida.

    Admitido o recurso e corridos os vistos cumpre decidir.

    * * * II Matéria de facto a ter em conta para além do referido no § anterior.

  5. No dia 14.4.05, no IML do Porto, foi efectuado exame médico ao sinistrado tendo o perito médico considerado que o mesmo se encontrava com uma incapacidade permanente absoluta para a actividade profissional habitual e uma IPP de 0,25525.

  6. Realizada a tentativa de conciliação, pelo sinistrado foi declarado não aceitar o resultado do exame médico realizado pelo perito do Tribunal.

  7. Por sua vez, a Seguradora declarou, no auto de conciliação, aceitar o resultado do exame médico...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT