Acórdão nº 1955/09.5T2AGD-B.C1 de Court of Appeal of Coimbra (Portugal), 25 de Março de 2010

Magistrado ResponsávelJORGE ARCANJO
Data da Resolução25 de Março de 2010
EmissorCourt of Appeal of Coimbra (Portugal)

Acordam no Tribunal da Relação de Coimbra I - RELATÓRIO 1.1. - O exequente – Banco A...

– instaurou na Comarca de Águeda acção executiva para pagamento de quantia certa, com forma de processo comum, contra os executados: B.....

, C... , D... , E... , F... , G...

, 1.2. - O executado C.... deduziu ( 1/3/2001) incidente de habilitação, alegando, em resumo: A dívida exequenda funda-se em letra aceite por E....., sacada por B..., com o aval a favor da sacadora dada pelo requerente e pela executada D.... e o aval a favor da referida aceitante dado pelos executados F.... e G.....

O requerente pagou ao Banco exequente o montante de 4.357.507$70, dando-se o mesmo como integralmente pago da dívida exequenda, pelo que tem direito a ser sub-rogado nos direitos do exequente ( arts.592 e 644 do CC).

Requereu a sua habilitação como exequente para prosseguir a execução contra os demais executados, mormente contra a aceitante e seus avalistas.

Não houve oposição.

1.3. - Por sentença de 21/7/2008 decidiu-se julgar improcedente o incidente.

1.4. - Inconformado, o requerente recorreu de agravo, com as seguintes conclusões [……………………………………………] Não houve resposta e o M.mo Juiz manteve a decisão.

II - FUNDAMENTAÇÃO 2.1. – O objecto do recurso: A questão submetida a recurso, delimitado pelas respectivas conclusões, consiste em saber se tendo o executado/agravante, na qualidade de avalista da sacadora, pago a letra de câmbio dada à execução, sucede ou não no crédito da exequente, e se pode deduzir o incidente de habilitação.

2.2. – Os factos provados: [………………………………] 2.3. – A solução: A sentença recorrida recusou a habilitação do executado/agravante com fundamento em dois tópicos argumentativos: A execução não pode prosseguir contra a aceitante porque, em relação a ela, já foi declarada extinta a instância por impossibilidade superveniente da lide, em virtude da declaração de insolvência; A letra de câmbio não constitui título executivo para o avalista exigir dos demais co-avalista o que pagou.

Objecta o recorrente dizendo que o direito que pretende exercer é cambiário, mesmo em relação aos avalistas do aceitante.

A questão submetida a recurso enquadra-se no problema dos direitos do avalista que paga a letra de câmbio, mais especificamente em saber se o avalista do sacador que paga a letra de câmbio ao portador fica subrogado nos direitos nela emergentes contra os demais obrigados, designadamente os avalistas do aceitante e as implicações no âmbito da habilitação...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT