Acórdão nº 0423032 de Court of Appeal of Porto (Portugal), 06 de Dezembro de 2005 (caso NULL)

Magistrado ResponsávelRAPAZOTE FERNANDES
Data da Resolução06 de Dezembro de 2005
EmissorCourt of Appeal of Porto (Portugal)

ACORDAM NA RELAÇÃO DO PORTO: Na ...ª Vara ....ª Secção do Porto, B........, S.A., com sede no Porto move a presente acção com processo ordinário contra C.........., residente em São Romão de Aregos, pedindo a condenação deste a pagar-lhe a quantia de €10.195,98, acrescida de juros à taxa de 17% sobre €1.993,15 e de 12% sobre €7.809,02, contados desde 13/12/02 e até efectivo pagamento, sendo ainda condenado a considerar resolvido o contrato em causa desde 13/12/02.

Citado o réu, não deduziu contestação nem interveio nos autos, tendo sido considerados confessados os factos articulados.

Foi então proferida sentença que julgou a acção parcialmente procedente, condenando o réu a pagar ao autor a quantia de €2.303, 34 correspondente a seis meses de renda não paga.

Inconformada a autora apresenta este recurso de apelação e nas suas alegações formula as seguintes conclusões: 1.ª- A entrega voluntária da viatura à apelante em 10/01/2003 por iniciativa do locatário não implica o mínimo acordo das partes, nem o contrato se extingue nessa data por mero acordo.

  1. - A resolução operada em 13/12/2002 é válida, não estando ferida de qualquer nulidade.

  2. - A apelante, por via da resolução, tem direito a receber os alugueres vencidos àquela data e IVA, no montante global de €1.993,15.

  3. - Tem também direito a receber o montante de €7.809,02 que corresponde ao total de indemnização por perdas e danos a título de cláusula penal de 50% do valor global dos alugueres que seriam devidos após o início do incumprimento.

  4. - Tem ainda direito a receber o montante de €393,81 a título de juros vencidos e despesas na recuperação do veículo após o início do incumprimento.

  5. - A apelante tem assim direito a receber o montante total global de €10.195,98.

Pugna pela revogação da sentença e sua substituição por outra que julgue a acção totalmente procedente, condenando o réu no pedido.

Colhidos os vistos legais, cumpre decidir.

Da instância vêm dados como provados os seguintes factos: -a) A autora exerce a actividade de aluguer de veículos sem condutor.

-b) No exercício desta sua actividade, em 05 de Abril de 2001, celebrou com o Réu o Contrato de Aluguer escrito, junto aos autos, do veículo automóvel de matrícula ..-..-RJ, pelo período de 60 meses, com início naquela data, pelo prazo de 60 meses, contra o pagamento de um aluguer mensal no valor de €383,89, IVA incluído, a vencer em cada dia 5 do mês anterior.

-c) Pelo referido contrato, o réu obrigou-se ainda a celebrar e...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT