Resolução do Conselho do Governo n.º 104/2022 de 13 de junho de 2022

Data de publicação13 Junho 2022
Número da edição73
ÓrgãoPresidência do Governo
SeçãoSérie 1

O Solar da família Noronhas é um Solar setecentista inserido numa grande propriedade atravessada pelo Caminho de Baixo, sito à Ribeira Seca, Concelho da Calheta de São Jorge.

O edifício é composto pelo núcleo da habitação principal, com capela, pelo antigo paiol, que interrompe o muro exterior da mesma parcela no extremo nascente, pelo antigo “granel”, no interior do terreno, a nordeste do núcleo principal, e por outras pequenas estruturas de apoio.

Na parcela a sul do caminho, na zona superior marcada por duas araucárias e por um conjunto de dragoeiros, encontram-se ainda uma eira de grandes dimensões e um palheiro. A frente do núcleo de habitação principal é constituída, de poente para nascente: por uma construção que aproveita as ruínas de uma casa mais antiga; pelo troço de um muro alto onde se encontra o campanário da capela e onde há uma porta que se abre para o estreito pátio com a escada que lhe dá acesso; pela fachada da capela, ligeiramente destacada em relação ao plano do muro e acompanhada por três degraus enquadrados por dois “frades”; pelo muro do pequeno pátio que antecede a fachada sul da habitação, um tanto recuada em relação à da capela; pelo muro, na continuidade do anterior, onde se abre o portão de acesso ao grande terreiro retangular que acompanha a fachada nascente da habitação e que dá acesso aos antigos terrenos de cultivo mais a norte; e pelo antigo paiol.

A habitação principal tem dois pisos e planta em “U” (com corpos a sul, a poente e a norte), sendo o espaço interno ocupado por um pátio de serviço, aberto a poente, no qual se encontra uma enorme cisterna enterrada. Esta é alimentada por meio de três grandes algerozes encostados às fachadas que deitam para o pátio, aproveitando as águas pluviais dos telhados. O limite poente do pátio é marcado por um telheiro que protege um poço, uma pia de lavar a roupa e a passagem para o pátio do tardoz da casa arruinada. O braço norte é preenchido pela cozinha, de grandes dimensões, onde apenas se preserva o arco de volta inteira que comunica com a “caixa do lar” e, no exterior, a enorme chaminé de “mãos postas”. Tinha, na origem, dois fornos acoplados que atualmente se encontram tapados.

Todo o edifício assenta num embasamento contínuo. As fachadas sul e nascente estão delimitadas por um soco, por cunhais apilastrados e por uma cornija pronunciada com faixa inferior. Estão ainda divididas, ao nível dos lintéis dos vãos do piso térreo, por meio de uma faixa larga com os extremos em bico.

A...

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