Resolução do Conselho do Governo n.º 194/2020 de 15 de julho de 2020

ÓrgãoPresidência do Governo
Data de publicação15 Julho 2020
Gazette Issue104
SectionSérie 1

A Ermida de Jesus Maria José, sita à Urzelina, Velas de São Jorge, de pequena dimensão, foi erigida no século XVIII, junto ao cruzamento de duas “canadas”, uma delas alinhada com a fachada principal, tem planta retangular e é construída em alvenaria de pedra rebocada e pintada de branco. O soco, os cunhais, a cornija, as pilastras, os pináculos e as molduras dos vãos têm vestígios de caiação com azul-cobalto. No seu interior, degradado, encontram-se uma pia de água benta em cantaria, um retábulo do altar-mor inserido num nicho a meio da parede, em talha dourada e policromada onde se mistura uma expressão barroca mais erudita (“estilo nacional”) com apontamentos de caráter popular, e, ao fundo, uma representação em relevo da Sagrada Família e, sobre esta, uma representação da Santíssima Trindade envolta por anjos e enquadrada pelo arco.

O edifício da Alfândega da Horta, localizado na rua Vasco da Gama, freguesia das Angústias, concelho da Horta, é um testemunho da arquitetura modernista do período do Estado Novo, projetado por uma das figuras mais proeminentes dessa época, Arquiteto António Rodrigues da Silva Júnior, e um símbolo de uma herança que representa o papel da casa da alfândega num porto como o da cidade da Horta, onde o comércio ultramarino e a sua devida taxação desempenharam um papel fundamental para a economia da urbe.

Já a classificação da Antiga Fábrica das Armações Reunidas do Pico, atualmente Museu da Indústria Baleeira, sita ao Cais do Pico, concelho de São Roque, justifica-se pela integridade do imóvel, seus anexos, e recheio, bem como pela importância histórica, social e económica que a indústria baleeira teve para a Vila de São Roque do Pico.

A Fábrica da Baleia de São Roque do Pico foi, historicamente, a mais importante unidade fabril da indústria baleeira insular e o maior complexo fabril da atividade baleeira nos Açores. Esta fábrica recebeu, para processamento, cachalotes capturados pelas armações baleeiras do Pico e das ilhas do Faial, São Jorge, Graciosa e Terceira. Foi a última fábrica do género a laborar na Região Autónoma dos Açores, encerrando a sua atividade no fim de 1984.

A grande plataforma (pátio) de desmancho e a rampa de varagem/alagem de cachalotes, situadas à frente da fábrica, bem como os edifícios anexos e equipamentos associados, são estruturas patrimoniais relevantes e testemunhos de uma herança cultural singular, que marcam o espirito do lugar e afirmam a identidade local.

A Fábrica das Armações Baleeiras...

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