Relatório 8-B/2007, de 26 de Junho de 2007

Relatório n. 8-B/2007

Conservatória do Registo Comercial da Maia. Matrícula n. 8639/

970730; identificaçáo de pessoa colectiva n. 503922692.

Maria Teresa da Costa Martins Abrantes, ajudante da Conservatória do Registo Comercial da Maia:

Certifica, que ficou depositada na pasta respectiva, toda a documentaçáo referente à prestaçáo de contas da sociedade em epígrafe, respeitante ao exercício do ano de 2004, bem como os referentes às contas consolidadas do mesmo exercício, cuja publicaçáo integral se solicita.

Conferida, está conforme.

Maia, 24 de Novembro de 2005. - A Ajudante, Maria Teresa da Costa Martins Abrantes.

Relatório e contas individuais de 2004

Comparaçáo de resultados com o ano anterior

Variaçáo

2003 2004 (percentagem)

Total de Clientes Optimus .................................................................................................. 2 305 847 2 128 765 - 7,7

Percentagem pré-pagos ....................................................................................................... 81,8 85,4 3,6

Percentagem de clientes activos ......................................................................................... 87,5 74,8 (f) - 12,7

Activaçóes líquidas .............................................................................................................. 185 961 - 136 708 n. a.

Percentagem dados nas receitas de serviços ....................................................................... 8,6 9,5 (f) 0,9

Total # SMS/mês/utilizador ................................................................................................. 27,2 28,7 5,5

Taxa de desactivaçáo (percentagem) .................................................................................. 20,4 36,2 (f) 15,8

ARPU (a) (euros) ............................................................................................................... 22,4 24,3 8,7

CCPU (b) (euros) ................................................................................................................ 17,2 17,4 0,9

SAC (c) (euros) ................................................................................................................... 80,7 80,7 -

ARPM (d) (euros) ............................................................................................................... 0,21 0,22 2,2

Utilizaçáo média mensal (minutos) .................................................................................... 104,3 111,0 6,4

Trabalhadores (e) ................................................................................................................ 1 020 1 026 0,6

Receitas de serviços (milhóes de euros) .............................................................................. 580,4 602,1 3,7

Volume de negócios (milhóes de euros) .............................................................................. 636,3 659,6 3,7

Resultado líquido (milhóes de euros) ................................................................................... - 17,9 23,8 n. a.

EBITDA (milhóes de euros) ............................................................................................... 135,0 171,7 27,2

EBITDA Margem ............................................................................................................... 21,2 26,0 (f) 4,8

Cash EBITDA (milhóes de euros) ...................................................................................... 173,3 201,3 16,2

Cash EBITDA Margem ....................................................................................................... 27,2 30,5 (f) 3,3

Investimento corpóreo e incorpóreo (milhóes de euros) ................................................... 109,2 99,7 - 8,6

(a) Receita média por cliente.

(b) Cash cost por cliente.

(c) Custo de aquisiçáo de um cliente. (d) Receita média por minuto.

(e) Náo incluindo estagiários. (f) Pontos percentuais.

Mensagem da comissáo executiva

O ano de 2004 foi, indubitavelmente, um bom ano para a Optimus, tendo permitido consolidar, como os números claramente demons-tram, a sua performance financeira e posicionamento competitivo.

Apesar do ambiente macroeconómico menos favorável à expansáo do consumo privado e negativo para as expectativas dos agentes económicos em termos de crescimento sustentado a curto e médio prazo, a Optimus alcançou um crescimento de 4,8 p.p. na sua margem EBITDA, cifrando-se em 26% com um valor absoluto de 171,7 milhóes de euros.Este resultado operacional foi alcançado através do crescimento do volume de negócios da companhia para 659,6 milhóes de euros, 3,7% acima de 2003 e da reduçáo dos custos operacionais em 1,8% para 628,3 milhóes de euros. Os resultados antes de impostos foram positivos de 29,4 milhóes de euros, confirmando a tendência, anunciada em 2003, de ser 2004 o ano em que depois de EBITDA e do free cash flow, a Optimus alcançaria de forma sustentada resultados líquidos positivos.

Comercialmente, o ano de 2004 foi marcado pelo crescimento da concorrência entre os operadores móveis, com especial relevo para a luta em torno da primazia quanto ao lançamento e oferta de serviços baseados na tecnologia 3G. A Optimus desenvolveu uma intensa activi-dade de alargamento da sua rede UMTS, desde os centros urbanos de Lisboa e Porto até às principais cidades e zonas de afluência de pessoas no país, privilegiando a procura da qualidade de serviço e da boa experiência de utilizaçáo em detrimento de penachos de lançamentos comer-ciais potencialmente danosos para a confiança dos clientes. A Optimus vive os seus valores e quer-se fiel à proposta superior de valor e quali-dade de serviço que proclama para os seus clientes.

O enquadramento regulamentar da actividade móvel foi marcado em 2004 pelas tentativas do Regulador de patrocinar a auto-regulaçáo entre os três operadores móveis, designadamente no tocante às relaçóes de interligaçáo. Esse patrocínio revelou-se, afinal, infrutífero, tendo os preços de interligaçáo, quer fixo-móvel quer móvel-móvel permanecido inalterados em 2004. Um princípio de acordo, em que a Optimus seria positivamente discriminada ao nível da terminaçáo móvel-móvel, foi inviabilizado no momento da assinatura por outro operador móvel. O regulador desenvolveu a sua actividade no sentido de vir a declarar a Optimus como detentora de Poder de Mercado Significativo (PMS) na interligaçáo (à semelhança do que já acontece aos outros dois operadores) e, como tal, sujeita a enquadramento regulamentar especial. A ANACOM deu a conhecer um projecto de deliberaçáo neste domínio que afectará a Optimus em 2005, já que lhe atribuiu PMS.

A ANACOM impôs ainda à Optimus a suspensáo de comercializaçáo do seu produto OptimusHome, um produto de convergência e em que a Optimus se propunha levar a casa do cliente um serviço de voz sobre GSM, sem assinatura mensal e com numeraçáo fixa. Esta suspensáo da ANACOM, ainda que posteriormente acompanhada de um sentido de deliberaçáo provável favorável ao produto, náo foi, à data, tornada definitiva, com enorme prejuízo para a Optimus.

Em 2004, a Optimus organizou-se a fim de melhor responder às necessidades futuras de desenvolvimento da sua actividade. Em Fevereiro de 2004, decidiu a venda dos seus sites a uma companhia detida a 100% (Optimus Towering), passando a contratar-lhe o fornecimento dos serviços de aluguer e gestáo das antenas. Ficam assim criadas as condiçóes para a exploraçáo da actividade de gestáo de torres de comunicaçáo em regime autónomo e independente da missáo principal da Optimus, eventualmente em parceria, desta actividade, com vantagens de valor para a companhia.

Em 2004, a Optimus iniciou e finalizou uma renegociaçáo do financiamento de médio e longo prazo, agora contratado em condiçóes ditas de mercado corporate e já náo de project como anteriormente, com vantagens em termos financeiros, de covenants (financeiros e de exploraçáo económica) associados ao empréstimo e ainda da anulaçáo de garantias prestadas pelos accionistas.

Este é o retrato de um ano positivo mas que contém imbuídas as sementes do que será 2005: um ano de maiores desafios comerciais e adicionais restriçóes regulamentares. A coesáo e o entusiasmo das equipas de gestáo sáo, para nós, o garante de resposta adequada.

Um agradecimento final a todos aqueles que, como nós, acreditaram sempre no projecto e nos resultados que agora alcançámos, em especial aos nossos clientes, aos nossos financiadores e parceiros de negócio, aos nossos colaboradores e aos nossos accionistas.

(Sem assinaturas.)

Relatório do conselho de administraçáo

O entorno competitivo em 2004

Recuperaçáo da actividade económica

Depois do depressivo clima económico-social registado em 2003, o país registou alguma recuperaçáo da actividade económica em 2004. De acordo com as estimativas da Comissáo Europeia, Portugal deverá

registar um crescimento de 1,2% no PIB em termos reais no conjunto do ano. A inflaçáo manteve-se controlada com uma estimativa de 2,4% face aos 2,6% do ano transacto. O consumo privado, após ter registado uma quebra de 0,5% em 2003 voltou a aumentar em 2,1%.

A realizaçáo do Euro 2004 também contribuiu para um aumento do consumo de Maio a Junho, devido ao elevado afluxo de turistas atraídos pelo evento e pela elevada mobilizaçáo de espectadores.

Em 2004, o mercado cresceu mais do que no ano anterior, 7,6% (dados ANACOM do 3. trimestre de 2004).

Apesar do elevado nível de penetraçáo atingido em 2003 - cerca de 86% - o mercado móvel em 2004 assinalou um crescimento notável de 7,6%. Este crescimento foi superior ao registado em 2003 e acontece no ano do lançamento das ofertas de 3G por parte dos operadores móveis.

A taxa de penetraçáo subiu para os 92% e faz com que Portugal se mantenha acima da média da UE, que atingiu os 84,4%.

Estabilidade de quotas de mercado

Este crescimento náo alterou significativamente a posiçáo competitiva dos três operadores móveis, mantendo-se a estabilidade de quotas que se vem observando desde 2000.

Quotas de subscritores

(1

) Dados da ANACOM do 3. trimestre de...

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