Relatório 1-AR/2007, de 18 de Abril de 2007

Relatório n. 1-AR/2007

Conservatória do Registo Comercial do Lisboa (2.ª Secçáo). Matrícula n. 63 090/860514; identificaçáo de pessoa colectiva n. 501683542; número e data da apresentaçáo: 28/15 de Junho de 2000.

Maria Filomena da Costa Silva Loureiro, segunda-ajudante da Conservatória do Registo Comercial de Lisboa (2.ª Secçáo):

Certifica que as cópias em anexo sáo a reproduçáo integral dos documentos arquivados na pasta respectiva, referentes à prestaçáo de contas da sociedade em epígrafe, do ano de 1999.

Está conforme o original.

Conservatória do Registo Comercial do Lisboa (2.ª Secçáo), 14 de Fevereiro de 2001. - A Segunda-Ajudante, Maria Filomena da Costa Silva Loureiro.

Relatório e contas de 1999 Órgáos sociais

Conselho de administraçáo:

Presidente: Manuel Sotto-Mayor Coelho de Sousa.

Administrador-delegado: Alfredo Augusto Anes Gonçalves. Vogais:

António Francisco Araújo Pontes.

Joáo Adriano Antunes Ribeiro.

Fernando Marques Pereira.

Fiscal único:

Silva Neves & Teresa Marques, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, representada por Joaquim Manuel da Silva Neves, revisor oficial de contas.

Fiscal único (suplente): Pedro Matos Silva.

Mesa da assembleia geral:

Presidente: Banco Nacional Ultramarino, representado por Marta de Medina Cochat-Osório.

Mensagem do presidente

Srs. Accionistas:

De harmonia com a lei e os estatutos vem o conselho de administraçáo submeter à vossa aprovaçáo o relatório e as contas relativas ao exercício findo em 31 de Dezembro de 1999.

Completou a nossa sociedade no pretérito ano o seu 14. exercício e é-me grato assinalar os resultados obtidos num contexto que náo foi dos mais favoráveis dos últimos anos. De facto, e quase universal-mente, a indústria de Fundos de Investimento Mobiliário (FIMs) registou um afrouxamento no forte ritmo de crescimento que vinha regis-tando, tendo-se entre nós quedado em 0,6%. Em contraste, o volume dos FIMs geridos pela Investil registaram um crescimento de 28,6%, tendo alcançado uma quota de mercado nitidamente superior à gene-ralidade de outros produtos financeiros oferecidos no âmbito do BNU.

E é de justiça reconhecer que será tal mérito, em primeiro lugar, dos próprios clientes do BNU e participantes dos nossos FIMs, que souberam valorizar princípios de prudência, de oportunidade e de inovaçáo, enformadores da gestáo da Investil. Será também mérito de toda a rede e direcçóes comerciais do BNU que bem compreenderam a relevância e os benefícios (tangíveis e intangíveis) decorrentes de uma oferta de FIMs no contexto de uma panóplia diversificada de produtos financeiros. E é, obviamente, mérito dos colaboradores da Investil que, pelo seu empenho, dinamismo e criatividade, permitiram obter resultados significativamente positivos numa envolvente algo adversa.

Para o ano em curso manifestamos a convicçáo de que algumas das razóes que estiveram na base dos resultados do exercício findo - a colaboraçáo do banco depositário, o empenho e criatividade de todos quantos trabalham na Investil - possibilitaráo ir ainda mais além, reforçando a utilidade da sociedade no contexto do Grupo em que está integrada.

O Presidente do Conselho de Administraçáo: Manuel Sotto-Mayor Coelho de Sousa.

Relatório do conselho de administraçáo

1 - Enquadramento macroeconómico

1.1 - Internacional

O ano de 1999, foi marcado pela estabilizaçáo ou mesmo recuperaçáo das zonas mais afectadas pela crise financeira internacional que surgiu no ano precedente. Os Estados Unidos continuaram a lideram o crescimento da economia mundial, enquanto que os países asiáticos, atingidos pela crise em 1998, observaram uma recuperaçáo mais firme nas respectivas economias.

Na Uniáo Europeia verificou-se uma revisáo em alta do crescimento do produto e uma reanimaçáo da procura interna, associada à evoluçáo favorável das trocas líquidas com o exterior, a que náo foi alheia a depreciaçáo do euro face ao dólar e ao iene.

O crescimento da economia dos Estados Unidos da América ficou a dever-se a uma forte procura interna e à melhoria da conjuntura internacional, sendo que o aumento do PIB terá atingido os 4% em 1999. O vigor do consumo privado norte-americano, que tem alimentado este excepcional ciclo de crescimento económico, traduziu-se, este ano, em sinais de sobreaquecimento da economia, com a inflaçáo média a situar-se nos 2,5%, o que teve como consequência a subida das taxas de referência por parte da Federal Reserve.

A economia nipónica registou um crescimento do produto na ordem de 1%. Este valor náo deixa contudo de ser expressivo, na medida em que representa um crescimento de 3,8% face ao ano anterior. As exportaçóes foram o factor que contribuiu decisivamente para este crescimento, dado que o consumo privado apresentou um crescimento muito diminuto e o investimento registou um decréscimo em termos homólogos, devido aos desequilíbrios estruturais e financeiros graves que afectam ainda muitas empresas.

1.2 - Nacional

Em 1999, a economia portuguesa registou uma taxa de crescimento real da ordem dos 3,4% contra 4,3% verificados no ano precedente.A expansáo da actividade económica deveu-se exclusivamente ao crescimento acentuado da procura interna.

Por sua vez, as trocas líquidas com o exterior dilataram a sua contribuiçáo negativa para a variaçáo real do produto.

No decurso de 1999 assistiu-se ao arrefecimento das tensóes inflacionistas na economia portuguesa, tendo o índice de inflaçáo média atingido 2,3%.

Em resultado da evoluçáo favorável do mercado de trabalho, a taxa de desemprego baixou para 4,4%, ou seja, cerca de 0,7 pontos percentuais aquém da taxa observada em 1998. O comércio por grosso e a retalho, o sector da construçáo civil, bem como os serviços associados à actividade imobiliária, foram os mais dinâmicos da economia, potenciando a criaçáo de novos postos de trabalho.

Procura interna:

A procura interna progrediu, em volume, a uma/taxa de 5,0%, apresentando uma desaceleraçáo da ordem dos 0,5% face ao valor registado no ano anterior. Todas as componentes da procura interna deram um contributo positivo para a formaçáo do PIB.

O consumo privado registou um incremento de 3,7%. O comportamento favorável deste agregado deve-se, por um lado, ao aumento do rendimento disponível das famílias e particulares induzido pelo crescimento do volume de emprego e, por outro, à reduçáo das taxas de juro de mercado.

Indicadores da economia portuguesa

1998 1999

Inflaçáo

PIB (a) ................................................................... 4,3 3,0

Consumo privado (a) ............................................. 4,7 3,7

Consumo público (a) .............................................. 3,2 2,0

FBCF (a) ................................................................ 8,9 9,8

Procura interna (a) ................................................ 5,5 5,0

Exportaçóes (a) ..................................................... 9,0 0,8

Importaçóes (a) ..................................................... 10,9 5,9

Inflaçáo (b) ............................................................ 2,8 2,3

Taxa de desemprego .............................................. 5,1 4,4

Produçáo da indústria (a) ....................................... 2,8 1,0

Défice do SPA (percentagem do PIB) ................... 1,5 1,3

Dívida pública (percentagem do PIB) .................... 57,8 56,8

Fonte. - INE, Ministério das Finanças, BNU-DEPC.

(

  1. Variaçáo homóloga real. (b) Variaçáo homóloga.

    Evoluçáo cambial:

    O ano de 1999 ficou marcado pela entrada em vigor do euro, que se traduziu em profundas mudanças na implementaçáo da política monetária e cambial no espaço europeu. Neste contexto, o Banco Central Europeu (BCE) passou a ser a instância responsável pela pros-secuçáo da política monetária, enquanto que aos bancos centrais dos diversos estados-membros, foi atribuída a responsabilidade de implementar as medidas decretadas pela nova autoridade monetária.

    No que respeita à evoluçáo do euro face ao dólar registou-se, logo após a sua entrada em vigor, uma depreciaçáo acentuada, devido a indicadores que confirmavam a robustez da economia norte-americana. Entre Julho e Outubro foi possível constatar uma inversáo de tendência devido a factores que poderiam condicionar a evoluçáo da moeda norte-americana, nomeadamente, o crescente deficit da balança comer-cial, o arrefecimento do mercado accionista e o aumento da inflaçáo nos EUA. No final do ano, a confirmaçáo do bom desempenho da economia dos EUA a par da falta de credibilidade da nova autoridade monetária europeia contribuíram decisivamente para repor a tendência de depreciaçáo do euro face ao dólar. Durante todo o ano a libra estrelina manteve uma forte correlaçáo com o dólar norte-americano.

    Por último, o comportamento da divisa nipónica caracterizou-se por uma clara tendência para a apreciaçáo ao longo de 1999, quer contra o dólar, quer contra o euro. Ante a expectativa favorável de evoluçáo da economia nipónica, observou-se uma forte procura de activos japoneses por parte de investidores internacionais, com a inerente pressáo sobre a moeda.

    Moeda e crédito:

    Devido ao baixo nível das taxas de juro, os agentes económicos continuaram a evidenciar preferência pelos meios imediatos de pagamento, contra as aplicaçóes menos líquidas, como os depósitos a prazo e de poupança.

    No que respeita à evoluçáo do crédito interno observou-se um crescimento médio de 18% ao longo do ano, o que representa um aumento de 2,1 pontos percentuais em relaçáo ao crescimento médio observado em 1998.

    Em contrapartida, o crédito a empresas e particulares continuou a manter um ritmo de crescimento bastante significativo, com o crédito à habitaçáo própria a apresentar um crescimento homólogo de 34%.

    Taxas de juro:

    Ao longo do ano, a evoluçáo das taxas de juro de mercado foi diferenciada. Assim, na primeira metade do ano as taxas do mercado monetário interbancário registaram uma acentuada diminuiçáo, em grande medida potenciada pela intervençáo do BCE, em meados do mês de Abril.

    Evoluçáo da Lisbor a seis...

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