Relatório 1-AE/2007, de 09 de Março de 2007

Relatório n. 1-AE/2007

Conservatória do Registo Comercial de Lisboa (2.ª Secçáo). Matrícula n. 2499/820831; identificaçáo de pessoa colectiva n. 501309845; inscriçáo n. 38; data da apresentaçáo: 23 de Abril de 2003.

Maria do Carmo Ferraz Jardim de Azevedo Fontes, escriturária superior da Conservatória do Registo Comercial de Lisboa (2.ª Secçáo):

Certifica, que foi depositado na pasta respectiva os documentos referentes à prestaçáo de contas do ano de 2002.

Está conforme o original.

Lisboa, 24 de Julho de 2003. - A Escriturária Superior, Maria do Carmo Ferraz Jardim de Azevedo Fontes.

Relatório e contas de 2002 Órgáos sociais

Mesa da assembleia geral:

Presidente: Caixa Geral de Depósitos, S. A., representada por José Lourenço Soares.

Secretário: Caixa Participaçóes - SGPS, S. A., representada por Salomáo Jorge Barbosa Ribeiro.

Companhia de Seguros Fidelidade-Mundial, S. A., representada por Vítor Manuel Dinis Lopes.

Conselho de administraçáo:

Presidente: Fernando Dias Nogueira, nomeado por Caixa Participaçóes - SGPS, S. A.

Vice-presidente: José Gomes Pedro.

Administradores:

Joáo Vieira Gomes de Abreu.

Gracinda Augusta Figueiras Raposo. António Manuel Silva Vila Cova.

Fiscal único:

Revisor oficial de contas: Oliveira Rego & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, representada por Manuel de Oliveira Rego.

Revisor oficial de contas suplente: Patrício Mimoso e Mendes Jorge - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, representada por Joáo Fernandes Mendes Jorge.

Secretário da sociedade:

José Manuel Rodrigues Lourenço.

Suplente: Maria Inês B. S. V. A. Coutinho Wink Cruz.

Auditores: Deloitte & Touche.

Órgáos de estrutura e responsáveis

Direcçáo Comercial do Norte: Maria Gorete Gonçalves F. Rato. Direcçáo Comercial do Centro: Olegário Pedroso Angélico. Direcçáo Comercial de Lisboa: António Fernando de Jesus Nabais. Direcçáo Comercial do Sul e Regióes: José António F. Silva Barbosa Autónomas:

Direcçáo Operacional:

Lucília Maria Fernandes R. Mendes.

José Manuel Mota Bento.

Carlos Alberto G. Coelho dos Santos.

6492-(8)Direcçáo Financeira:

José Hipólito O. André Figueiras.

Joaquim José Gomes Mira.

Direcçáo de Informática e Organizaçáo: Vítor Manuel Ângelo Condeço. Direcçáo de Recursos Humanos e Administrativos: Fernando António Salsinha Amador.

Núcleo de Gestáo de Risco: Manuel Pires Valente.

Gabinete Jurídico e Contencioso: Ana Maria Vieira M. J. Freire Oliveira Pinto.

Gabinete de Planeamento, Auditoria e Controlo de Gestáo: José Manuel Rodrigues Lourenço.

Gabinete de Marketing, Comunicaçáo e Imagem: José Manuel Rodrigues Lourenço.

Relatório do conselho de administraçáo

Enquadramento macroeconómico e sectorial (fonte: Banco de Portugal)

O ano de 2002 ficou caracterizado por uma forte desaceleraçáo da actividade económica s com o PIB a crescer apenas 0,5% em termos reais, contra 1,8% em 2001. De facto, o abrandamento da economia portuguesa, que se verificou gradualmente e ao longo do ano, abrangeu a generalidade das componentes da despesa e dos sectores produtivos.

O enquadramento externo revelou condiçóes globalmente desfavoráveis, continuando a assistir-se a uma deterioraçáo acentuada das condiçóes dos mercados financeiros implicando que, num contexto de inflaçáo moderada e crescentes dúvidas quanto ao dinamismo da recuperaçáo económica, as autoridades monetárias das principais economias avançadas tivessem decidido manter inalteradas as suas taxas de juros oficiais. As taxas de juro do mercado monetário apresentaram uma evoluçáo bastante diferenciada, reflectindo esse grau de incerteza. Após um rápido movimento ascendente das taxas Euribor no início do ano, a manutençáo do arrefecimento económico na zona euro induziu a uma gradual reduçáo das taxas do mercado a partir do mês de Maio, reduçáo essa que se intensificou no ultimo trimestre do ano. Assim, a Euribor registou uma quebra em todos os prazos de vencimento que se situou, em média, no intervalo entre 0,5 e 1 ponto percentual.

O investimento das empresas voltou a registar uma reduçáo reflectindo as perspectivas pouco favoráveis da evoluçáo da procura interna e externa, restriçóes associadas aos elevados níveis de endividamento atingidos nos últimos anos e, ainda, níveis menos elevados de utilizaçáo da capacidade produtiva. A FBCF registou um decréscimo mais acentuado que no ano anterior e que será comum a todas as suas componentes (material de transporte, máquinas e equipamentos e construçáo), devendo situar-se na ordem dos - 4%. A taxa de inflaçáo em Portugal deverá registar um valor na ordem dos 3,7%, o que constitui uma reduçáo face aos 4,4% de 2001.

O sector da locaçáo financeira, que apresenta uma forte correlaçáo com a evoluçáo do investimento, registou, em 2002, um crescimento negativo.

O segmento mobiliário, com uma produçáo de apenas 2431,5 milhóes de euros, foi o principal responsável por essa evoluçáo, apresentando um decrescimento de - 15,8% face ao ano anterior.

Esta evoluçáo negativa foi registada pela generalidade das empresas que compóem o sector do leasing mobiliário.

Sector da locaçáo financeira

Apesar dos constrangimentos económicos e do fenómeno de concentraçáo e reestruturaçáo dos principais grupos financeiros, o sector manteve o mesmo número de empresas de 2001, tendo surgido, em 2002, duas novas operadoras no mercado.

Os cinco principais grupos financeiros mantêm o domínio do mercado, com mais de 70% dos valores realizados, embora a sua representatividade tenha vindo a diminuir nos últimos quatro anos (em 1999 detinham cerca de 80% do mercado).

Em termos médios o valor da operaçáo realizada foi idêntico ao do ano anterior, 35 milhares de euros, ou seja, o número de opera-çóes realizadas acompanhou a evoluçáo negativa registada nos valores contratados.

Mercado de locaçáo mobiliária (taxa de variaçáo)

O decréscimo de actividade verificado na Locapor face ao ano anterior (- 21%), condicionou um ajustamento na sua quota de mercado, que se situou em 12,4% (13,2% em 2001), mantendo, no entanto, o 3. lugar no ranking das empresas que actualmente operam no sector.

Actividade da empresa

Actividade comercial

A actividade comercial da Locapor, em 2002, reflectiu uma desaceleraçáo progressiva ao longo do ano.

Foram realizados 5778 contratos, no montante de 300,875 milhóes de euros. Apesar de se ter efectuado durante o ano um esforço de concentraçáo da produçáo em operaçóes de menor montante, a existência de algumas operaçóes envolvendo investimentos de valor significativo, condicionaram o valor médio por contrato que se situou em 52 000 euros (50 000 euros em 2001).

Peso do canal bancário na produçáo total

As redes comerciais bancárias continuaram a ser o principal canal angariador realizando 4087 operaçóes no valor de 185,95 milhóes de euros, o que representa cerca de 62% da produçáo total.

Distribuiçáo da produçáo por actividade económica

No decurso de 2002 as actividades económicas que privilegiaram o leasing mobiliário como forma de financiamento continuaram a ser a indústria transformadora, a construçáo e o comércio que, no seu conjunto, representaram 58% da produçáo total.Distribuiçáo da produçáo por tipo de equipamento

Quanto à tipologia dos equipamentos financiados, os equipamentos de transportes, de construçáo civil e o equipamento especifico para a indústria representaram 74% das operaçóes concretizadas.

Organizaçáo e recursos humanos

A par do normal funcionamento da empresa a reorganizaçáo das empresas de crédito especializado do Grupo Caixa Geral de Depósitos implicou a reafectaçáo de tarefas e remodelaçáo de procedimentos e originou, pontualmente, a revisáo da estrutura orgânica inicialmente aprovada, de modo a adequá-la ao formato que melhor responda aos níveis esperados de eficiência e produtividade.

Neste contexto e à semelhança do já registado para as áreas de back-office, as direcçóes comerciais da locaçáo financeira passaram a ser comuns, assegurando, desta forma, o ganho das sinergias decorrente de um esforço comercial conjunto, ao mesmo tempo que se adequou a rede interna às redes comerciais bancárias.

Ainda no âmbito das melhorias operadas, foram criadas as funçóes de organizaçáo e de auditoria, integradas, respectivamente, nos novos órgáos de estrutura designados como Direcçáo de Informática e Organizaçáo e Gabinete de Planeamento, Auditoria e Controlo de Gestáo.

Por outro lado, foram revistas as competências de decisáo por forma a agilizar e introduzir um maior dinamismo na rede comercial e potenciar a sua funçáo de apoio e animaçáo das redes comerciais bancárias, sem perder de vista a qualidade do crédito a conceder.

O objectivo final do processo de reestruturaçáo organizacional ficaria, certamente, comprometido com a existência de plataformas de informaçáo diferentes para os dois negócios da locaçáo financeira. Neste contexto, foi decidida a uniformizaçáo da plataforma informática, tendo-se iniciado, em Outubro, o projecto de migraçáo de dados e a implementaçáo do sistema LEASE no negócio do leasing. Todo este processo implicará um esforço suplementar de adaptaçáo de toda a empresa, a um novo ambiente de trabalho, quer ao nível informático quer ao nível dos procedimentos.

Distribuiçáo do pessoal por idade/habilitaçóes

Em 31 de Dezembro de 2002, faziam parte do quadro da empresa 102 colaboradores, com uma média etária de 42 anos, dos quais 37% eram detentores de formaçáo académica superior.

O grupo etário entre os 35 anos e os 45 anos ocupa posiçáo preponderante no total de trabalhadores da organizaçáo, representando 52%.

Investimento e recursos financeiros

No decurso de 2002 o investimento em imobilizado totalizou 514,6 milhares de euros, dos quais 29% na componente de equipamento informático e 70% na componente de software.

Para além dos recursos provenientes da actividade, os financiamentos bancários assumiram-se como a principal fonte de captaçáo de funding, correspondendo 93,75 milhóes de euros de mútuos, 4,55 milhóes de euros do mercado monetário interbancário e 21,7 milhóes de euros de...

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