Lei n.º 18/2022

ELIhttps://data.dre.pt/eli/lei/18/2022/08/25/p/dre/pt/html
Data de publicação25 Agosto 2022
Data17 Julho 2021
Gazette Issue164
SectionSerie I
ÓrgãoAssembleia da República
N.º 164 25 de agosto de 2022 Pág. 2
Diário da República, 1.ª série
ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
Lei n.º 18/2022
de 25 de agosto
Sumário: Altera o regime jurídico de entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros
do território nacional.
Altera o regime jurídico de entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros do território nacional
A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição,
o seguinte:
Artigo 1.º
Objeto
1 — A presente lei cria condições para a implementação do Acordo sobre a Mobilidade entre
os Estados membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, assinado em Luanda,
em 17 de julho de 2021.
2 — A presente lei procede ainda:
a) À nona alteração à Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, alterada pelas Leis n.os 29/2012, de 9 de
agosto, 56/2015, de 23 de junho, 63/2015, de 30 de junho, 59/2017, de 31 de julho, 102/2017, de
28 de agosto, 26/2018, de 5 de julho, e 28/2019, de 29 de março, e pelo Decreto-Lei n.º 14/2021,
de 12 de fevereiro, que aprova o regime jurídico de entrada, permanência, saída e afastamento de
estrangeiros do território nacional;
b) À segunda alteração à Lei n.º 27/2008, de 30 de junho, alterada pela Lei n.º 26/2014, de 5 de
maio, que estabelece as condições e procedimentos de concessão de asilo ou proteção subsidiária
e os estatutos de requerente de asilo, de refugiado e de proteção subsidiária;
c) À execução na ordem jurídica interna dos Regulamentos (UE) n.os 2018/1860, 2018/1861
e 2018/1862, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 28 de novembro de 2018, relativos ao
estabelecimento, ao funcionamento e à utilização do Sistema de Informação de Schengen (SIS).
Artigo 2.º
Alteração à Lei n.º 23/2007, de 4 de julho
Os artigos 5.º, 10.º, 19.º, 22.º, 31.º, 32.º, 33.º, 43.º, 45.º, 46.º, 52.º, 53.º, 54.º, 56.º-D, 58.º, 59.º,
64.º, 65.º, 70.º, 71.º, 72.º, 73.º, 75.º, 77.º, 78.º, 81.º, 83.º, 88.º, 90.º-A, 91.º, 91.º-B, 93.º, 97.º, 106.º,
107.º, 121.º-E, 122.º, 124.º, 134.º, 138.º, 139.º, 142.º, 144.º, 145.º, 147.º, 149.º, 157.º, 160.º, 161.º,
165.º, 167.º, 169.º, 181.º, 192.º, 211.º, 212.º e 215.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, na sua redação
atual, passam a ter a seguinte redação:
«Artigo 5.º
[...]
1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
c) Acordos de mobilidade celebrados entre Portugal e Estados terceiros;
d) [Anterior alínea c).]
2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Artigo 10.º
[...]
1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
b) Os cidadãos estrangeiros que beneficiem dessa faculdade nos termos dos regimes especiais
constantes dos instrumentos previstos no n.º 1 do artigo 5.º
4 — O visto pode ser anulado pela entidade emissora, em território estrangeiro, ou pelo SEF,
em território nacional ou nos postos de fronteira, quando o seu titular seja objeto de uma indicação
para efeitos de regresso ou indicação para efeitos de recusa de entrada e de permanência no
Sistema de Informação Schengen (SIS), no Sistema Integrado de Informação do SEF ou preste
declarações falsas no pedido de concessão do visto.
5 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
6 — Da decisão de anulação é dado conhecimento por via eletrónica ao Alto Comissariado
para as Migrações, I. P. (ACM, I. P.), e ao Conselho para as Migrações, adiante designado por
Conselho Consultivo, com indicação dos respetivos fundamentos.
Artigo 19.º
[...]
1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2 — O título de viagem para refugiados é válido por um período de cinco anos, sujeito a reno-
vações associadas à eventual renovação do título de residência.
3 — O título de viagem para refugiados permite ao seu titular a entrada e saída do território
nacional, bem como do território de outros Estados que o reconheçam para esse efeito.
4 — (Revogado.)
5 — (Anterior n.º 3.)
Artigo 22.º
[...]
1 — Às condições de validade, características e controlo de autenticidade do título de viagem
para refugiados são aplicáveis as regras previstas para o passaporte eletrónico português.
2 — (Revogado.)
3 — (Revogado.)
4 — (Revogado.)
5 — (Revogado.)
Artigo 31.º
Entrada e saída de menores e adultos vulneráveis impedidos de viajar
ou com indicação de interdição de saída do território
1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2 — Salvo em casos excecionais, devidamente justificados, não é autorizada a entrada em
território português de menor estrangeiro quando quem exerce as responsabilidades parentais ou
a pessoa a quem esteja formalmente confiado não seja admitida no País.
3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
4 — É recusada a saída do território português a menores nacionais ou estrangeiros residentes
que viajem desacompanhados de quem exerça as responsabilidades parentais e não se encontrem
munidos de autorização concedida pelo mesmo, legalmente certificada.
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Diário da República, 1.ª série
5 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
6 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Artigo 32.º
[...]
1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
b) Estejam indicados para efeitos de recusa de entrada e de permanência no SIS; ou
c) Estejam indicados para efeitos de regresso ou recusa de entrada e de permanência no
Sistema Integrado de Informação do SEF; ou
d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
4 — A entrada deve ainda ser recusada em caso de descoberta de indicação para efeitos de
regresso existente no SIS, acompanhada de uma proibição de entrada, podendo ser autorizada,
após intercâmbio de informações suplementares com o Estado membro autor da indicação e eli-
minação desta, quando o nacional de país terceiro demonstrar que deixou o território dos Estados
membros da União Europeia e dos Estados onde vigore a Convenção de Aplicação, em cumpri-
mento da respetiva decisão de regresso e tiver cumprido o período da proibição de entrada e de
permanência.
Artigo 33.º
Indicação para efeitos de recusa de entrada e de permanência
1 — São indicados para efeitos de recusa de entrada e de permanência no Sistema Integrado
de Informação do SEF os cidadãos estrangeiros:
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2 — São ainda indicados no Sistema Integrado de Informação do SEF para efeitos de recusa
de entrada e de permanência os beneficiários de apoio ao regresso voluntário nos termos do
artigo 139.º, sendo a indicação eliminada no caso previsto no n.º 3 dessa disposição.
3 — Podem ser indicados, para efeitos de recusa de entrada e de permanência, os cidadãos
estrangeiros que tenham sido condenados por sentença com trânsito em julgado em pena privativa
de liberdade de duração não inferior a um ano, ainda que esta não tenha sido cumprida, ou que
tenham sofrido mais de uma condenação em idêntica pena, ainda que a sua execução tenha sido
suspensa.
4 — (Revogado.)
5 — (Revogado.)
6 — (Revogado.)
7 — (Revogado.)
Artigo 43.º
[...]
1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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