Editorial

AutorMário Frota

Há equívocos que persistem no plano institucional: associações que se confundem com empresas e empresas que se confundem com associações de consumidores; associações sem suporte real que visam subtrair, mercê da sua formal constituição, o acesso a meios de financiamento a instituições autênticas, autónomas e genuínas; cooperativas que recolhem vantagens materiais da actividade que exercem que se habilitam, em condições de pretensa paridade, aos parcos meios disponíveis, como se autonomamente constituíssem unidades orgânicas assimiláveis às associações de consumidores. A menos que interesse ao poder as situações de mascaramento a que se assiste e que tão ruinosas se têm ao incipiente movimento associativo que persiste em não desabrochar entre nós... envolto em artifícios, sugestões e embustes que importam primacialmente aos que se postam na trincheira oposta à da cidadania.

Mas o quadro tende a espargir-se pelas veredas do que fora o mundo português. Do Brasil chegam-nos os ecos dos fundados protestos de um número avultado de consumidores que se deixaram atrair pela oferta de um MP3 na subscrição da assinatura de uma revista na órbita de uma pretensa associação de consumidores... que os enreda em patranhas e não honra compromissos! E os protestos sobem de tom, ainda que convidados pelo sugestivo título da revista a que PROTESTE(M)...

O Estado que concede subvenções a instituições do jaez destas em detrimento das associações autênticas, autónomas e genuínas, insiste-se não pode alhear-se do fenómeno.

Aliás, em Itália houve uma actuação exemplar do Consiglio de lo...

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