Decreto-Lei n.º 233/2008, de 02 de Dezembro de 2008

Decreto-Lei n. 233/2008

de 2 de Dezembro

A Lei n. 39/2004, de 18 de Agosto, estabeleceu os princípios e as bases gerais do exercício do direito de associaçáo profissional dos militares da Guarda Nacional Republicana, consagrando o direito à constituiçáo de associaçóes profissionais de âmbito nacional para promoçáo dos correspondentes interesses dos seus associados, nos termos consignados naquela lei.

A consagraçáo do direito de associaçáo, acompanhado de um conjunto de direitos e de restriçóes ao seu exercício, é agora desenvolvido por um regime jurídico através do qual sáo, designadamente, estabelecidas as condiçóes de funcionamento das associaçóes profissionais de militares da Guarda Nacional Republicana.

Neste mesmo sentido, o artigo 8. da Lei n. 39/2004, de 18 de Agosto, deixou expresso que a regulamentaçáo do exercício do direito de associaçáo pelos militares da Guarda Nacional Republicana seria objecto de decreto -lei, o que agora se concretiza.

Foram ouvidas as associaçóes profissionais de militares da Guarda Nacional Republicana.

Assim:

Ao abrigo do disposto no artigo 8. da Lei n. 39/2004, de 18 de Agosto, e nos termos da alínea c) do n. 1 do artigo 198. da Constituiçáo, o Governo decreta o seguinte:

CAPÍTULO I

Disposiçóes gerais

Artigo 1.

Objecto

O presente decreto -lei visa regulamentar, de harmonia com o disposto na Lei n. 39/2004, de 18 de Agosto, o exercício do direito de associaçáo pelos militares da Guarda Nacional Republicana (GNR) e aplica -se exclusivamente às associaçóes profissionais previstas naquela lei.

Artigo 2.

Definiçóes

Para efeitos do disposto no presente decreto -lei, entende-se por:

  1. «Associaçáo» a associaçáo profissional de militares da GNR constituída nos termos da Lei n. 39/2004, de 18 de Agosto;

  2. «Associado» o membro regularmente inscrito numa associaçáo profissional de militares da GNR, de acordo com o artigo 5.;

  3. «Dirigente» o titular de órgáo nacional de natureza executiva de uma associaçáo;

  4. «Órgáo de direcçáo nacional» o órgáo da associaçáo, previsto estatutariamente, singular ou colectivo, com funçóes executivas e que vincule legalmente a associaçáo.

    Artigo 3.

    Constituiçáo e regime das associaçóes profissionais

    1 - A constituiçáo de associaçóes profissionais e a aquisiçáo de personalidade jurídica e de capacidade judiciária, bem como o seu regime de gestáo, funcionamento e extinçáo sáo regulados pela lei geral, com as especificidades previstas na Lei n. 39/2004, de 18 de Agosto.

    2 - É reconhecida às associaçóes legalmente constituídas legitimidade processual para defesa dos direitos e interesses colectivos e para a defesa colectiva dos direitos e interesses individuais legalmente protegidos dos seus associados nos termos legalmente previstos.

    3 - A defesa colectiva dos interesses individuais legal-mente protegidos prevista no número anterior náo limita, em caso algum, a autonomia individual dos associados.

    Artigo 4.

    Registo

    1 - Para efeitos de aplicaçáo do presente decreto -lei, as associaçóes devem registar -se...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT