Decreto-Lei n.º 78/93, de 12 de Março de 1993

Decreto-Lei n.° 78/93 de 12 de Março O Decreto-Lei n.° 287/91, de 9 de Agosto, que aprovou o novo regime jurídico das regiões de turismo, dispôs no n.° 1 do artigo 38.° que estas deveriam adequar os seus estatutos e funcionamento à disciplina jurídica dele constante.

Tal adequação ditou a necessidade de introduzir alterações substanciais e numerosas, razão que justificou a elaboração na íntegra de novos estatutos.

Assim: Nos termos da alínea a) do n.° 1 do artigo 201.° da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo 1.° São aprovados os Estatutos da Região de Turismo de Dão-Lafões, em anexo ao presente diploma, do qual fazem parte integrante.

Art. 2.° São revogadas as Portarias números 153/86, de 21 de Abril, e 592/89, de 29 de Julho.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 29 de Outubro de 1992. - Aníbal António Cavaco Silva - Luís Francisco Valente de Oliveira - Fernando Manuel Barbosa Faria de Oliveira.

Promulgado em Setúbal em 5 de Fevereiro de 1993.

Publique-se.

O Presidente da República, MÁRIO SOARES.

Referendado em 15 de Fevereiro de 1993.

O Primeiro-Ministro, Aníbal António Cavaco Silva.

ANEXO Estatutos da Região de Turismo de Dão-Lafões CAPÍTULO I Denominação, natureza, composição, objectivos, sede, delegações e postos de turismo e de informações Artigo 1.° Denominação e natureza A Região de Turismo de Dão-Lafões é uma pessoa colectiva de direito público, dotada de autonomia administrativa e financeira e património próprio.

Artigo 2.° Composição e área 1 - A Região de Turismo de Dão-Lafões é formada pelos seguintes municípios e abrange a totalidade das suas áreas territoriais: a) Aguiar da Beira; b) Carregal do Sal; c) Castro Daire; d)Mangualde; e)Nelas; f) Oliveira de Frades; g) Penalva do Castelo; h)Sátão; i) São Pedro do Sul; j)Tondela; l) Vila Nova de Paiva; m)Viseu; n)Vouzela; 2 - A área da Região poderá ser alargada ou reduzida, de acordo com o estabelecido nos artigos 7.° e 8.° do Decreto-Lei n.° 287/91, de 9 de Agosto, ou de acordo com a lei vigente ao tempo.

3 - É permitida a fusão com outras regiões, nos termos previstos no artigo 29.° do diploma referido no número anterior.

Artigo 3.° Atribuições 1 - À Região de Turismo de Dão-Lafões incumbe, prioritariamente, a valorização turística da sua área geográfica, visando o aproveitamento equilibrado das potencialidades turísticas do seu património histórico, cultural e natural no quadro das orientações e directivas da política de turismo definida pelo Governo e nos planos anuais e plurianuais do Estado e dos municípios que a formam.

2 - São atribuições da Região de Turismo: a) Elaborar os planos de acção turística da Região; b) Realizar estudos de caracterização das respectivas áreas geográficas, sob o ponto de vista turístico, e proceder à identificação dos recursos turísticos existentes; c) Definir o produto ou produtos turísticos regionais, tendo em conta a desejável cooperação e complementaridade com os de outras regiões; d) Promover a oferta turística no mercado interno e colaborar com os órgãos centrais de turismo com vista à sua promoção externa; e) Fomentar o artesanato e a animação turística regional; f) Colaborar com os órgãos centrais e com as autarquias com vista à consecução dos objectivos da política nacional que for definida para o turismo.

Artigo 4.° Sede 1 - A Região de Turismo de Dão-Lafões tem a sua sede na cidade de Viseu.

2 - A sede pode ser mudada para outra localidade da Região de Turismo por deliberação da comissão regional aprovada por maioria de dois terços da totalidade dos seus membros.

Artigo 5.° Delegações 1 - A comissão regional poderá deliberar criar delegações em localidades sitas na área da Região, sob proposta da comissão executiva.

2 - Cada delegação será constituída por um delegado e terá um mínimo de funcionários fixados pela comissão regional, sob proposta da comissão executiva, tendo em consideração não só a área abrangida como o movimento de turistas.

3 - O delegado será nomeado pela comissão regional, por proposta da comissão executiva, ouvida a respectiva câmara municipal.

4 - A comissão regional, por proposta da comissão executiva e ouvida a câmara municipal, poderá substituir, a todo o tempo, o delegado.

5 - O delegado representa a Região de Turismo na respectiva localidade e coordena o funcionamento da delegação em estreita ligação com os órgãos da Região e a respectiva câmara municipal.

6 - O pessoal da delegação poderá não pertencer ao quadro de pessoal da Região de Turismo.

Artigo 6.° Postos de turismo e de informações 1 - A comissão regional poderá deliberar criar postos de turismo e de informações em qualquer local sito na área da Região, sob proposta da comissão executiva.

2 - O pessoal dos postos de turismo e de informações poderá não pertencer ao quadro de pessoal da Região de Turismo.

3 - A comissão executiva poderá criar postos de informações sazonais em locais sitos na área da Região, fixando-lhes, na mesma deliberação, o período do seu funcionamento e respectivo salário.

CAPÍTULO II Órgãos da Região de Turismo Artigo 7.° Espécies São órgãos da Região de Turismo de Dão-Lafões: a) A comissão regional; b) A comissão executiva.

SECÇÃO I Disposições comuns aos órgãos Artigo 8.° Funcionamento 1 - Os órgãos da Região de Turismo deliberam em reunião dos seus membros.

2 - É aplicável ao funcionamento dos órgãos da Região de Turismo o disposto nos presentes Estatutos e respectivos regulamentos e o regime previsto no Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 442/91, de 15 de Novembro.

Artigo 9.° Actas 1 - De cada reunião será lavrada acta pelo secretário e posta à aprovação de todos os membros no final da respectiva reunião ou no início da seguinte, sendo assinada, após a aprovação, pelo presidente e pelo secretário.

2 - Nos casos em que o órgão assim o delibere, a acta será aprovada, em minuta, logo na reunião a que disser respeito.

Artigo 10.° Executoriedade das deliberações As deliberações dos órgãos da Região de Turismo só adquirem eficácia depois de aprovadas as respectivas actas ou depois de assinadas as minutas, nos termos do artigo anterior.

Artigo 11.° Dissolução dos órgãos da Região de Turismo 1 - Os órgãos da Região podem ser dissolvidos pelo membro do Governo com tutela sobre o turismo nos seguintes casos: a) Quando se verifique que por eles foram cometidas graves ilegalidades; b) Quando obstem à realização de inquéritos ou sindicâncias às suas actividades; c) Quando se recusem a dar cumprimento às decisões definitivas dos tribunais; d) Quando não tenham os planos de actividades e os respectivos orçamentos aprovados por forma a serem presentes à ratificação do Governo até 30 de Novembro de cada ano, por facto que lhes seja imputável; e) Quando, nos prazos legais, não apresentem a julgamento as respectivas contas, por facto que lhes seja imputável; f) Quando, nos prazos legais, não apresentem ao membro do Governo da tutela, para ratificação, os planos de actividades e os respectivos orçamentos, por facto que lhes seja imputável; g) Quando executem planos de promoção turística no estrangeiro, violando o preceituado no artigo 1.° do Decreto-Lei n.° 287/91, de 9 de Agosto; h) Quando se verifique ausência de eleição do presidente da Região de Turismo e da comissão executiva...

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