Acórdão nº 6370/2006-2 de Court of Appeal of Lisbon (Portugal), 19 de Outubro de 2006

Magistrado ResponsávelMARIA JOSÉ MOURO
Data da Resolução19 de Outubro de 2006
EmissorCourt of Appeal of Lisbon (Portugal)

Acordam na Secção Cível (2ª Secção) do Tribunal da Relação de Lisboa: * I - A.

  1. intentou acção declarativa com processo ordinário contra «B.a.», Bb., «Bbb.», Bbbb.

e Bbbbb.

Na contestação apresentada requereram os RR. que fosse chamado a intervir nos autos como R., ao abrigo do disposto no art. 325 do CPC, H….

Tendo o tribunal de 1ª instância indeferido tal requerimento, desse despacho agravaram os RR./requerentes, concluindo pela seguinte forma a respectiva alegação de recurso: 1- Os recorrentes solicitaram a Intervenção de H. alegando que propôs ao recorrente Bbbb. a exposição ao público de viaturas usadas "Mercedes", atenta a localização privilegiada do stand da Ré B. - zona da Caparica e zona balnear.

2- Ficou acordado que o H. pagaria ao rec.

Bbbb. uma comissão na ordem dos 750 a 1000 Euros, por cada veículo vendido.

3- O Horácio transportou e colocou no stand B. diversos veículos para exposição.

4- O R.

Bbbb. e a referida Sociedade eram comissionistas na venda dos veículos.

5- O veículo id. era do H., que detinha a posse e propriedade do mesmo.

6- A B. . era mera detentora precária do veículo id nos autos.

7- Em 2002 a P. J do Porto - Inspector J. e outros - iniciou investigação sobre a actividade do H..

8- O Ministério Público no Douto Tribunal Castro Daire - Inquérito 1193/02. 8 JA PRT - SITVV - Instrução 65/02.7 TACDR ordenou a detenção do H. que foi preso durante meses.

9- Apurou-se nesse Inquérito que no dia 10/02/02 em Alicante - Espanha foi subtraído a I. o Mercedes A…… 10- O H., nas instalações da sua oficina, extraiu do veículo a placa de identificação A2552-EM e colocou a placa 58-52-LA.

11- O H. pediu chaves ao concessionário da Mercedes na Guarda.

12- O H.o procedeu ao registo a seu favor do direito de propriedade do veículo.

13- Logo de seguida decidiu proceder à venda.

14- Colocou o veículo adulterado no stand B. , onde foi vendido ao Autor...

15- O preço de 27.000 € foi entregue pelo Bbbb. ao H. arts. 348 a 356 da Acusação.

16- O H. recebeu do rec.

Bbbb. o valor do negócio, pelo que tem todo o interesse que aquele seja chamado aos autos.

17- Se algum hipotético prejuízo resultar da presente acção para os recorrentes, estes têm o direito de o fazer recair sobre o chamado foi este que recebeu os 27.000 EUROS do Autor...

Daí a necessidade e oportunidade da sua intervenção nos autos.

Não foram juntas aos autos contra-alegações.

* II - Definindo as conclusões das alegações o âmbito do recurso - arts. 684, nº 3, e 690, nº 1, do CPC - a questão que cumpre apreciar é a da admissibilidade, no caso dos autos, da intervenção principal provocada de H.

, chamado pelos aqui agravantes, RR. no processo, para intervir no mesmo ao lado destes.

* III - Com interesse para a decisão há que salientar a seguinte factualidade ocorrida no âmbito do processo: 1 - A. intentou acção declarativa com processo ordinário contra «B. .», Bb. , «Bbb, Lda.», Bbbb. e Bbbbb. pedindo que: A) Se declare nulo o contrato de compra e venda do veículo automóvel de matrícula 58-52-LA e, em consequência sejam os Réus solidariamente condenados: I- A restituir ao Autor o valor pago por este aquando da celebração do...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT