Acórdão nº 00715/05 de Tribunal Central Administrativo Sul, 18 de Outubro de 2005 (caso NULL)

Magistrado ResponsávelJosé Correia
Data da Resolução18 de Outubro de 2005
EmissorTribunal Central Administrativo Sul

Acordam, em conferência, na Secção de Contencioso Tributário (2.ª Secção) do Tribunal Central Administrativo: 1. - J.I.- T...C...,LDª, com os sinais dos autos, inconformada com a sentença proferida pelo Mmº Juiz do Tribunal Administrativo e Fiscal de Leiria que julgou extemporâneo o pedido de anulação de venda por si formulado, veio interpor o presente recurso para formulando as seguintes conclusões : A). O art° 41° do CPPT, estabelece a forma como deverão ser citadas ou notificadas as pessoas colectivas e as sociedades; B) Tal disposição legal não foi observada, quanto à forma de citação da ora recorrente; C) Como tal, deve ter-se como não efectuada a citação anteriormente referida; D) Em consequência o ónus real do qual a ora recorrente era titular, não foi tomado em consideração, na presente execução, por falta da reclamação de créditos que a ora recorrente não pode apresentar, não tendo sido por isso, igualmente, verificado e graduado; E) Assim sendo o prazo para anulação da venda é de 90 dias, de acordo com o disposto no art° 257° n° l alínea a) do CPPT; F) Consequentemente, a sentença recorrida é nula por violação do disposto nos artigos 41° e 257° n° l alínea a) do CPPT, devendo por isso ser revogada.

Nestes termos e nos que serão objecto do douto suprimento de V. Exas, deve ser concedido provimento ao presente recurso, sendo consequentemente revogada a decisão recorrida, com as legais consequências.

Não houve contra-alegações.

O EPGA pronunciou-se no sentido de que o recurso não merece provimento porquanto a recorrente reconhece que tivera conhecimento dos factos em 27 de Abril de 2004, pelo que deixou de ter qualquer relevância a questão da pretensa nulidade da citação, dispondo do prazo de 15 dias a contar daquela data para deduzir o presente incidente nos termos do artigo 257.° n.° l alínea c) do CPPT já que o prazo de 90 dias previsto no mesmo artigo n.° l alínea a) só seria aplicável se houvesse algum ónus real que não tivesse sido tomado em consideração, acrescendo que o arresto a favor da recorrente foi tomado em consideração já que foram remetidas para a morada desta duas cartas como a própria reconhece no artigo 7.° da sua petição inicial.

Satisfeitos os vistos legais, cumpre decidir.

* 2.- Com relevo para a decisão da causa, elencam-se as seguintes realidades e ocorrências que, no essencial, são referidas na decisão recorrida e decorrem dos elementos documentais constantes dos autos: a)- Em 15/12/2003, no processo de execução fiscal nº 1309-96/102879.0 que corre termos no SF de Alcobaça, procedeu-se à venda judicial por meio de propostas em carta fechada, da fracção autónoma penhorada à ordem daqueles dos autos, identificada pela letra B, do prédio constituído sob d regime de propriedade horizontal sito na Rua de Sto António, n° 17, Vestiaria, Alcobaça e descrito na Conservatória do Registo Predial de Alcobaça sob o número 00060 /240986-B - cfr. fls. 19 e docs. de fls. 4 e ss e 30 e ss.

b)- A recorrente requereu o arresto da fracção acima identificada para garantia do seu crédito, no valor de Euros 13.593,66 E (treze mil quinhentos e noventa e três euros e sessenta e seis cêntimos),cujo registo ficou lavrado sob a...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT