negócio simulado
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Acórdão nº 33/21.3T8PNH.C1 de Tribunal da Relação de Coimbra, 28-09-2022
... pelo facto de ter declarado a nulidade do negócio com fundamento em simulação, quando a parte havia pedido a ineficácia com base no instituto da impugnação pauliana. II - Quando sob o negócio simulado exista um outro que as partes quiseram realmente realizar, a validade formal deste último está dependente do preenchimento pela forma adoptada para o negócio simulado das razões justificativas da forma exigidas para o negócio dissimulado.
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Acórdão nº 8112/08.6TCLRS.E1 de Tribunal da Relação de Évora, 30-06-2016
... válida, atendendo à forma que foi seguida no negócio simulado. 6 - Mas, não sendo os mesmos, os intervenientes nos dois negócios jurídicos, o negócio dissimulado tem de ser sancionado com a nulidade porquanto não é possível aproveitar a forma observada na celebração do negócio simulado (em que tiveram intervenção sujeitos diversos daqueles que efetivamente celebraram o negócio oculto ou dissimulado). (Sumário da Relatora)
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Acórdão nº 2544/16.3T8BRG.G1 de Tribunal da Relação de Guimarães, 15-11-2018
... ou então terá de já ter sido celebrado o segundo negócio entre o interposto e o verdadeiro comprador ou donatário, mediante o qual o primeiro já tenha transmitido para o último o bem ou direito objeto do negócio aparente (simulado), dando concretização, efetiva e definitiva, ao negócio real ou dissimulado que os simuladores entre eles efetivamente celebraram ao outorgarem o negócio simulado ou aparente.
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Acórdão nº 159/04.8IDAVR.P1 de Tribunal da Relação do Porto, 23-06-2021
... 15 de Janeiro, cometido através da celebração de negócio simulado, é o da data da sua celebração e, consequentemente, o prazo da prescrição começa a correr nessa data.
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Acórdão nº 693/17.0T8FAR.E1.S1 de Supremo Tribunal de Justiça, 21-02-2019
Em simulação subjectiva, por interposição fictícia de pessoas, a forma do negócio simulado só aproveitará ao negócio dissimulado desde que haja uma declaração negocial do verdadeiro adquirente com a forma exigida por lei.
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Acórdão nº 990/09.8TBCBR.C1 de Tribunal da Relação de Coimbra, 03-12-2013
... pelo artigo 241º, nº 2 do CC. 2. Enquanto o negócio simulado é nulo, e na simulação absoluta se não põe mais nenhum problema, na simulação relativa surge o problema do tratamento a dar ao negócio dissimulado ou real que fica a descoberto com a nulidade do negócio simulado. 3. Apesar de não ser expressamente invocada a usucapião enquanto forma de aquisição originária da propriedade se os factos conducentes à usucapião forem articulados no...
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Acórdão nº 71/17.0T8PTM.E1 de Tribunal da Relação de Évora, 27-02-2020
... por interposição fictícia de pessoas, a forma do negócio simulado só aproveitará ao negócio dissimulado desde que haja uma declaração negocial do verdadeiro adquirente com a forma exigida por lei. IV – Não constando do negócio do negócio simulado uma declaração de vontade do real comprador ou do real donatário, a forma do negócio simulado não aproveitará ao negócio dissimulado. (sumário do relator)
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Acórdão nº 64/22.6T8ARC.P1 de Tribunal da Relação do Porto, 10-07-2024
... parte da autora, se previamente à celebração do negócio simulado, ao invés da notificação para preferência (art. 416º nº 1 do C.C), os réus acordaram com a autora a compra e venda daquele mesmo prédio, precisamente com o mesmo objeto do contrato que veio a ser celebrado com a Ré, e o negócio foi rejeitado por aquela, por ser abusivo o seu exercício, nos termos do 334º do C.Civil.
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Acórdão nº 964/08.6BELRA de Tribunal Central Administrativo Sul, 09-07-2020
... efetivo pelo qual os contraentes efetuaram o negócio. 3. A simulação é relativa porque congrega um negócio simulado, e um negócio real, correspondente ao querido pelas partes. 4. O negócio simulado é nulo nos ternos do art.º 240º/2 do Código Civil, o que implica o afastamento das vantagens fiscais pretendidas. É sobre o negócio real que recairá a tributação, desde que verificados os pressupostos legais da norma de incidência, conforme...
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Acórdão nº 1638/13.1TBVCT.G2 de Tribunal da Relação de Guimarães, 04-04-2017
... ranslativo/ alienatório entre o terceiro e um dos simuladores não se pode falar de terceiro de boa fé para efeitos do disposto no artigo 243º- nº1, do C.Civil. A posição jurídica de um preferente não é afectada se o negócio simulado vier a ser declarado nulo, com base no vício da simulação absoluta.
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Acórdão nº 360/18.7T8PVZ.P2 de Tribunal da Relação do Porto, 10-03-2022
... declarada dos contraentes, aquela integrando o negócio dissimulado e esta o negócio simulado; b) - o acordo ou conluio entre as partes; c) - a intenção de enganar terceiros. II - O nº 2 do artigo 242.º estabelece uma norma especial de legitimidade activa quanto aos herdeiros legitimários, restrita às situações em que o negócio simulado tenha sido feito com o intuito de os prejudicar. III - O ónus da prova de tais requisitos, porque...
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Acórdão nº 666/14.4T2AVR-H.P1.S1 de Supremo Tribunal de Justiça, 09-07-2020
... da Lei n.º 2125) não significa que esse negócio tenha sido simulado, pois a sua realização constitui o cumprimento de uma obrigação legal. O trespasse que dá cumprimento a essa obrigação pode ser um negócio perfeitamente válido ou ser um negócio simulado. Mas a simulação terá de ser demonstrada pela prova de outros factos.
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Acórdão nº 1/19.5T8FAR.E1 de Tribunal da Relação de Évora, 23-04-2020
... escrito, relativamente ao acordo simulatório e ao negócio dissimulado. Todavia, continua, em regra, como válida a proibição do recurso à prova testemunhal e às presunções, quando invocados pelos simuladores, caso não haja qualquer princípio substanciado de prova escrita ou situação probatória de conteúdo análogo. 3 – A natureza diabólica da prova num contexto de negócio simulado não se pode aqui contentar com meros indícios de fraude e exige um...
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Acórdão nº 1512/13.1T2AVR.P1.S1 de Supremo Tribunal de Justiça, 27-05-2021
I. “Terceiro”, relativamente aos negócios simulados e para efeitos do artigo 394º, nº 3, do Código Civil, é aquele que não interveio no acordo simulatório, nem represente por sucessão quem nele participou, embora possa figurar como parte representada no negócio simulado. II. Assim, sendo o representado terceiro em relação aos negócios simulados celebrados pelo seu representante em conluio com a contraparte e sendo a autora a únic
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Acórdão nº 1307/16.0T8BRG.G1.S1 de Supremo Tribunal de Justiça, 14-09-2021
... quaisquer interessados e não apenas contra os simuladores. IX - Estando a 4.a ré de boa-fé, por ignorar, quando celebrou a compra e venda com o 3.º réu, que o contrato pelo qual o 3.º réu declarou comprar o imóvel era simulado, não lhe pode esta nulidade ser oposta pelo tribunal, uma vez que também os simuladores a não podiam opor, sob pena de se desvirtuar a limitação prevista no n.º 1 do art. 243.º do CC.
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Acórdão nº 589/17.5T8ESP-B.P1 de Tribunal da Relação do Porto, 11-01-2021
... õe o reconhecimento de legitimidade ao cônjuge de simuladora-compradora para arguir a nulidade da compra e venda simulada, pretendendo não ser afetado pelo negócio simulado, o que justifica, também, o interesse em agir, na invocação da nulidade, no confronto dos simuladores, via exceção na ação de divisão de coisa comum, com uma fase declarativa. V - Em matéria de legitimidade para a arguição da nulidade, impõe-se o afastamento de orientações...
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Acórdão nº 1857/11.5TBMAI.P2.S1 de Supremo Tribunal de Justiça, 09-03-2022
... entre o sentido da declaração e os efeitos do negócio jurídico – simuladamente celebrado; - o intuito de enganar terceiros; II – O negócio simulado é nulo. III – Os simuladores não podem invocar a nulidade contra terceiros de boa fé.
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Acórdão nº 482/10.2TBBAO.P1 de Tribunal da Relação do Porto, 10-02-2016
... regra no art. 261º do C.Civil a proibição do negócio consigo mesmo, abrindo, no entanto, três exceções no sentido da validade do negócio, a saber: - quando uma disposição especial da lei permita o negócio; - quando o representado consinta, em determinados termos, na realização do negócio; - quando “o negócio exclua por sua natureza a possibilidade de um conflito de interesses” (n°l, in fine, desse normativo). V – In casu, tratando-se de uma
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Acórdão nº 646/20.0T8EPS.G2 de Tribunal da Relação de Guimarães, 12-10-2023
... as declarações prestadas oralmente pelo próprio simulador que o invocou, enquanto parte, em audiência de discussão e julgamento. III – Para que haja simulação, é pressuposto que o negócio simulado produza efeitos jurídicos relevantes, ainda que não necessariamente prejudiciais, na esfera jurídica do terceiro enganado.
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Acórdão nº 2544/16.3T8BRG.G1.S2 de Supremo Tribunal de Justiça, 17-12-2019
... transmissão do bem imóvel). IV – Assim, tendo o negócio simulado (doação de imóvel constituindo simulação relativa reportada aos donatários) sido realizado por escritura pública, há que considerar válido o negócio dissimulado (doação do mesmo imóvel) porquanto se mostra observada a forma legalmente exigida para a doação efectivamente operada.
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Acórdão nº 582/09.1BELRA de Tribunal Central Administrativo Sul, 25-06-2020
... ao valor real com o intuito de enganar a AT, o negócio reúne as caraterísticas do negócio simulado (art.º 240º do Código Civil) na cláusula relativa ao preço. 2. Na simulação relativa parcial quanto ao valor, a nulidade reporta-se a esse elemento parcial do negócio, mantendo-se o negócio válido com o valor da prestação realmente convencionado.
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Acórdão nº 7751/16.6T8VNG.P2 de Tribunal da Relação do Porto, 14-01-2020
... ao representado. II - É considerado terceiro, no negócio simulado, aquele que não interveio no acordo simulatório, nem representa, por sucessão, quem aí participou, podendo figurar como parte supostamente representada no negócio simulado. III - No caso sub judice a autora, por ter sido abusivamente representada por procuradora no contrato - promessa de compra e venda absolutamente simulado, é terceiro por não ter participado no acordo...
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Acórdão nº 1514/21.4T8VCT.G1 de Tribunal da Relação de Guimarães, 16-12-2021
... com interposição fictícia de pessoas num alegado negócio translativo, a forma do negócio simulado não aproveitará ao negócio dissimulado se do negócio simulado não constar uma declaração de vontade do real comprador.
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Acórdão nº 447/18.6T8GMR.G1 de Tribunal da Relação de Guimarães, 09-06-2022
... querida. V - O terceiro, no tocante ao negócio simulado e para efeitos de arguição da respectiva nulidade, é aquele que não interveio no acordo simulatório, nem representa por sucessão quem aí participou, embora possa figurar como parte representada no negócio simulado.
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Acórdão nº 2476/12.4TBBCL.G1 de Tribunal da Relação de Guimarães, 12-01-2017
... enganar terceiros e o acordo simulatório. 2 – O negócio simulado é nulo, podendo a nulidade ser invocada a todo o tempo e por qualquer interessado. 3 – Quando a lei diz “qualquer interessado”, não está a referir-se apenas aos credores atuais, mas sim ao titular de qualquer relação cuja consistência, tanto jurídica, como prática, possa ser afetada pelo negócio simulado.